A promotora de Justiça Maria das Graças Teixeira do Monte, titular da 32ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Piauí (MPPI), expediu recomendação para que a Prefeitura de Teresina, de forma emergencial, melhore a qualidade da água consumida pela população na zona Rural. O laudo dos testes realizados condenou 21 das 24 amostras coletadas e analisadas.

O relatório da Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (Gevisast) apontou que apenas três amostras foram consideradas próprias para o consumo.  Outras 18 continham coliformes totais e nove a bactéria Escherichia coli, causadora de infecções intestinais.  

"A Zona Rural, diferente da Zona Urbana, apresentou um percentual de 87,5% das amostras analisadas insatisfatórias para consumo humano, segundo a portaria n° 2.914/2011", diz trecho do relatório.

No perímetro urbano, foram recolhidas 33 amostras, das quais 32 estavam de acordo com os padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde e, uma insatisfatória para o consumo, no quesito cor que estariam aparentemente em desconformidade.

A promotora sugere até a intervenção na concessão do serviço de  abastecimento de  água na zona Rural, que ainda é gerido pela Agespisa, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço.

O gestor tem o prazo de 15 dias para encaminhar a 32ª Promotoria de Justiça, informações sobre as medidas que foram tomadas para melhorar a qualidade da água fornecida à população da zona Rural de Teresina.

A Superintendência de Desenvolvimento Rural da Prefeitura de Teresina disse que, juntamente com a Agespisa, são responsáveis pelo sistema de abastecimento de água na zona rural e que em janeiro foi feita a licitação para a aquisição de 10 mil pastilhas de cloro e 150 dosadores.

"Essas pastilhas são distribuídas diariamente nos 170 poços de abastecimento de água na zona rural. A previsão é de que, em meados de abril, todos os poços estarão munidos de pastilhas de cloro para o tratamento da água. Informa ainda que a Agência Reguladora de Serviços de Teresina (Arsete) está acompanhando os trabalhos das equipes da SDR fornecendo engenheiro sanitário e técnico químico que acompanham todo o trabalho de tratamento da água que abastece as famílias da zona rural", afirmou em nota.

 

Hérlon Moraes (Com informações do MPE)
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