O Ministério da Saúde solicitou o envio de uma equipe da Secretaria Estadual da Súde para analisar a água e a merenda da escola pública municipal Justina Freitas em Corrente, município a 900 km de Teresina. Aproximadamente 30 crianças da escola tiveram reação alérgica ao tomar um remédio para verme fornecido na própria escola durante o período de aula, na tarde da última quarta-feira(4).

Em nota enviada ao Cidadeverde.com, o órgão esclarece que embora os sintomas relatados sejam característicos de reação adversa ao medicamento, conforme bula do medicamento, esse evento pode estar associado a outro fator, como a interação medicamento X alimento. No entanto, somente após os resultados das análises de amostras do lote do medicamento, bem como da  água e da merenda escolar, será possível estabelecer a causa dessa ocorrência.

A Secretaria Estadual de Saúde do Piauí foi notificada sobre a ocorrência durante as ações da Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-helmintíases. Crianças apresentaram sintomas como coceiras, dores de estômago, náuseas e tonturas e tiveram que ser medicadas. 
 
O Ministério informa que adotou as medidas adotadas para assistência às crianças. O resultado das análises será enviado à Secretaria de Vigilância em Saúde, do MS, bem como a continuidade das atividades de tratamento preventivo para verminoses, o que trará grandes benefícios para a saúde dos escolares no estado e em todo o país.

A nota conclui ainda que o albendazol, comprimido de 400mg, é o medicamento de primeira escolha para o tratamento das verminoses (áscaris lumbricoides, ancilostomídeos e tricuris trichiúria) na faixa etária proposta. Este anti-helmíntico é muito utilizado, devido à posologia simples e amplo espectro além da ocorrência rara de reações adversas. Mais de  18 milhões de crianças foram tratadas de 2013 a 2017 durante as atividades da Campanha utilizando esse medicamento e os relatos de reações ocorreram dentro do esperado para o medicamento, o que não compromete a estratégia.

Rayldo Pereira
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