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Reforma: Temer dá posse a dez novos ministros

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Foto: Marcos Corrêa/ Presidência da República

O presidente Michel Temer deu posse a 10 ministros nesta terça-feira (10) em cerimônia no Palácio do Planalto. A reforma ministerial foi realizada em razão da saída de ministros que pretendem disputar as eleições de outubro deste ano.

"Nós marcamos hoje 10 importantes mudanças na nossa equipe de governo, são mudanças que, como aquelas anteriores, alteram a composição, mas não a qualidade da nossa equipe", afirmou o presidente Michel Temer durante a solenidade.

Nas mudanças no primeiro escalão do governo, Temer efetivou três interinos e nomeou outros oito ministros. O "Diário Oficial da União" trouxe as nomeações dos 11 titulares das pastas nesta terça.

Dos ministros nomeados nesta terça, apenas Gustavo Rocha, efetivado à frente da pasta dos Direitos Humanos, não foi empossado na cerimônia no Planalto. Segundo sua assessoria, ele integra o Conselho Nacional do Ministério Público e optou por participar da reunião do órgão.

Dos ministros nomeados nesta terça, apenas Gustavo Rocha, efetivado à frente da pasta dos Direitos Humanos, não foi empossado na cerimônia no Planalto. Segundo sua assessoria, ele integra o Conselho Nacional do Ministério Público e optou por participar da reunião do órgão.

As mudanças começaram na semana passada, com as posses de Gilberto Occhi no Ministério da Saúde, e de Valter Casimiro no Ministério dos Transportes. Ricardo Barros (PP-PR) e Maurício Quintella (PR-AL) deixaram os cargos e retornaram à Câmara dos Deputados.

Por lei, o prazo para a saída dos ministros que desejam se candidatar terminou no último sábado (7). No momento, o governo de Temer conta com 29 ministros.

O Planalto ainda não informou os nomes dos substitutos de Sarney Filho (PV-MA) no Ministério do Meio Ambiente e de Moreira Franco, que trocou a Secretaria-Geral pela pasta de Minas e Energia.

A expectativa é de que o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte, fique como interino. Também seguem à frente de pastas como interino o general Joaquim Silva e Luna (Defesa) e Wagner Rosário (Transparência e Controladoria-Geral da União).

Perfis

Alberto Beltrame (MDB-RS)

Ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Alberto Beltrame assume a pasta com o retorno de Osmar Terra (MDB-RS) à Câmara. Médico, Beltrame ocupou cargos no Ministério da Saúde, tendo assumido em duas oportunidades a Secretaria Nacional de Atenção à Saúde. No MDS, Beltrame coordena desde agosto de 2016 o pente-fino nos benefícios por incapacidade pagos pelo INSS.

Antônio de Pádua de Deus Andrade (MDB-PA)

Antônio de Pádua de Deus Andrade assume o Ministério da Integração Nacional após a saída de Helder Barbalho (MDB-PA). Ele exercia o cargo de secretário de Infraestrutura Hídrica da pasta, atuando na obra da Transposição do Rio São Francisco. Engenheiro civil, Pádua Andrade tem pós-graduação em engenharia de produção e em segurança do trabalho, além de mestrado em gestão de pessoas. Foi secretário de obras de Marabá (PA).

Eduardo Guardia (sem partido)

Substituto de Henrique Meirelles, Eduardo Guardia era o secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Antes, foi diretor-executivo de Produtos da BM&FBovespa. Já ocupou o cargo de secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, de secretário do Tesouro Nacional, entre maio e dezembro de 2002, e de secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Paulista, Guardia é doutor em Economia.

Esteves Colnago (sem partido)

Substituto de Dyogo Oliveira, Esteves Colnago era o secretário-executivo do Planejamento. Formado em Ciências Econômicas, com mestrado na área, é analista do Banco Central do Brasil desde 1998. Presidiu o Conselho de Administração da Casa da Moeda, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (Carf) e o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Gustavo Rocha (sem partido)

Subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil desde o início do governo Temer, em maio de 2016, o advogado Gustavo do Vale Rocha respondia de forma interina pela pasta de Direitos Humanos desde fevereiro, com a saída de Luislinda Valois. Efetivado como ministro, ele agora é interino na SAJ. Integra o Conselho Nacional do Ministério Público. Advogou para o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ).

Helton Yomura (PTB-RJ)

Helton Yomura foi efetivado como ministro do Trabalho. A pasta estava sem titular desde a saída do deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), em dezembro. O governo nomeou a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), que teve a posse barrada pela Justiça, fazendo o PTB declinar da indicação. Formado em Direito, Yomura foi secretário-executivo da pasta e superintendente regional do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro.

Leandro Cruz Fróes da Silva (sem partido)

Substituto de Leonardo Picciani (MDB-RJ) no Ministério do Esporte, que retornou à Câmara, Leandro Cruz Fróes da Silva era secretário Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. Formado em Direito, participou do movimento estudantil. Foi assessor da Liderança do MDB na Câmara, atuando no mandato de Picciani. Foi secretário de Trânsito, Transportes e Serviços Públicos e secretário da Defesa Civil de Nova Iguaçu (RJ).

Marcos Jorge (PRB-RR)

Marcos Jorge foi efetivado no cargo de ministro. Desde janeiro, com a saída de Marcos Pereira (PRB), comandava de Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços de forma interina. Antes, foi secretário-executivo da pasta. Marcos Jorge é administrador legislativo e mestre em Administração Pública. Já ocupou cargo de secretário-executivo do Ministério do Esporte e foi secretário de Cultura de Roraima.

Moreira Franco (MDB-RJ)

Moreira Franco troca a Secretaria-Geral por Minas e Energia, pasta vaga com a volta de Fernando Coelho Filho (DEM-PE) à Câmara. Ex-ministro de Aviação Civil e de Assuntos Estratégicos no governo Dilma Rousseff, é um dos principais aliados de Temer. Sociólogo, foi deputado federal, prefeito de Niterói (RJ) e governador do Rio. Foi denunciado em 2017 pela PGR junto com Temer por organização criminosa. A denúncia foi bloqueada pela Câmara.

Rossieli Soares (sem partido)

Rossieli Soares assume o Ministério da Educação no lugar de Mendonça Filho (DEM-PE), que retornou à Câmara. O novo ministro era Secretário de Educação Básica da pasta. Advogado e mestre em gestão e avaliação educacional, está no MEC desde maio de 2016, com participação na reformulação do ensino médio e na construção da Base Nacional Comum Curricular. Foi secretário de Educação no Amazonas.

Vinicius Lummertz (MDB-SC)

Vinicius Lummertz assume o Ministério do Turismo ao substituir Marx Beltrão (MDB-AL), que voltou à Câmara. Ele presidia a Embratur, onde participou de ações referentes aos Jogos Olímpicos do Rio. É formado em Ciências Políticas pela Universidade Americana de Paris, com cursos de gestão em Harvard. Foi secretário de Turismo de Florianópolis e secretário de Planejamento e de Articulação Internacional de Santa Catarina.

Fonte: G1

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