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Comércio espera por Natal aquecido, apesar de brasileiro planejar poupança

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Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) mostra que os efeitos da crise ainda não chegaram com força ao bolso do brasileiro. De acordo com o Perfil Econômico do Consumidor, realizado em setembro deste ano, aumentou a parcela dos que chegam ao final do mês sem dívidas, mas o brasileiro planejar poupar mais. O comércio ainda espera por um Natal aquecido.

Segundo o levantamento, há uma parcela menor da população com falta de dinheiro (26%) em relação ao mesmo período do ano passado (30%). Ao mesmo tempo, aumentou de 48% para 52% o percentual de pessoas que consegue chegar ao fim do mês com a quantia exata para o pagamento de todas as despesas. A parcela de brasileiros com excedente se manteve em linha com setembro de 2007 (22%).

O estudo considera dados do orçamento, inadimplência e consumo das famílias brasileiras.

Entre os que chegam ao fim do mês com o orçamento positivo, grande parte das pessoas pretende guardar para gastar no futuro, enquanto que no ano passado o líder do ranking eram os gastos com alimentação.

O levantamento demonstra ainda uma queda de 24% para 18% na intenção de consumir bens duráveis nos próximos três meses. Segundo a Fecomércio, isso não afetará o Natal, já que pesquisas anteriores mostram que desde 2006 roupas, lembrancinhas e brinquedos estão entre as preferências dos consumidores como presentes para a data.

"O aumento do emprego e da renda ainda garantirá um bom Natal, pois o consumo desses itens tende a se confirmar, apesar da conjuntura de crise, marcada pelo arrefecimento da expansão do crédito, pelo encurtamento dos prazos e avanço das taxas, ao mesmo tempo em que o dólar ficou mais caro", afirmou o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz.

Apesar da melhoria para grande parte das famílias brasileiras, há um grupo com financiamentos em atraso que subiu de 13% para 15% na comparação de setembro deste ano com o mesmo período de 2007, afetados pelas maiores restrições ao crédito depois de terem enfrentado uma inflação mais forte no primeiro semestre.

Dentro desse grupo, segundo a Fecomércio, o carnê é a modalidade de crédito com o maior percentual de pagamentos em atraso e foi o principal responsável pelo aumento da inadimplência. Esse movimento se deve ao fato de as classes de renda mais baixa, que tomam mais crédito sob a forma de carnê, terem sentido com mais força a inflação, o que conseqüentemente diminui sua renda disponível.

Em setembro de 2007, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), índice que mede a variação de preços para os mais pobres, acumulava alta anual de 4,92%, enquanto que em setembro de 2008, o mesmo cálculo ficou em 7,04%.

A pesquisa foi feita em 70 cidades e nove regiões metropolitanas.

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