Na semana passada, o Comitê de Ética da Fifa anunciou que Marco Polo Del Nero foi banido, pelo resto da vida, de qualquer atividade relacionada ao futebol, seja ela administrativa, esportiva ou qualquer outra. A punição tem caráter nacional e também internacional, segundo comunicou a entidade.
Marco Polo Del Nero durante depoimento na CPI da CBF, em 2015 - Foto - Getty Images
Ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e da FPF (Federação Paulista de Futebol), ele agora tem como última ligação ao mundo do esporte seu cargo no Conselho Deliberativo do Palmeiras, do qual faz parte de maneira vitalícia.
Questionado na semana passada pela ESPN se Del Nero terá que deixar o Conselho, o "Verdão" disse que iria primeiro consultar a Fifa antes de tomar qualquer decisão, já que não sabia se o gancho imposto pelo órgão valia para o Conselho.
A reportagem, então, entrou em contato por e-mail com a entidade máxima do futebol, que foi clara em seu posicionamento.
"O Sr. Del Nero foi banido pelo resto da vida de qualquer atividade relacionada ao futebol, seja ela administrativa, esportiva ou de qualquer outra finalidade, tanto a nível nacional quanto internacional", escreveu um porta-voz da Fifa.
Marco Polo Del Nero já teve vários cargos no Palmeiras, como diretor da Comissão de Sindicância, diretor jurídico e diretor de futebol.
Atualmente, seu filho, Marco Polo Del Nero Filho, também faz parte do Conselho Deliberativo.
Já seu pai, o ex-meio-campista Del Nero, foi um grande ídolo do clube palestrino nos anos 30 e 40, fazendo parte da conquista de cinco títulos do Campeonato Paulista e chegando inclusive à seleção brasileira.
Além do banimento, Marco Polo foi multado pela Fifa em 1 milhão de francos suíços (R$ 3,51 milhões). Ele garante ser inocente de todas as acusações.
O ex-cartola foi considerado culpado de violar o artigo 21 (suborno e corrupção), o artigo 20 (oferecer e aceitar presentes e benefícios), artigo 19 (conflito de Interesses), artigo 15 (lealdade), e artigo 13 (regras gerais de conduta) do Código de Ética da Fifa.
Marco Polo havia sido banido temporariamente enquanto o processo corria na entidade. Mesmo assim, ele articulou as eleições para seu sucessor na CBF, que acabou sendo vencida por seu candidato Rogério Caboclo, ex-diretor Executivo de Gestão da entidade.
Fonte: ESPN
