Atualizada às 12h34
Três pessoas suspeitas de participar do esquema de furto e adulteração de combustível no Piauí se entregaram na noite de ontem (23) na superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles chegaram à sede acompanhada por advogados. Os presos vão prestar depoimento hoje na sede do Greco, na zona Leste de Teresina.
O superitendente da PRF, Welendal Leal, confirmou que com essa entrega o número de prisões aumentou para 22 pessoas presas durante a Operação Estanque. "A operação continua e vamos dar cumprimento aos mandados que surgirem. No momento, dos mandados que tínhamos há apenas um foragido. Foram 22 prisões".
De acordo com o inspetor Teive, após se entregarem, os suspeitos foram levados para o Instituto de Medicina Legal para fazer exames de corpo de delito e depois foram encaminhados para o sistema prisional. Ele informou que ainda há mandados de prisão a serem cumpridos, ou seja, mais pessoas poderão ser presas por participar do esquema.
Durante a operação foi apreendido cerca de 35 mil litros de combustível (gasolina, diesel, álcool) e cinco caminhões tanques.
O coordenador da Gaeco, promotor Rômulo Cordão, explica como funcionava o esquema: “o combustível de Teresina vem do terminal de São Luís por trem ou transporte rodoviário. Na rodovia, nesse trajeto os caminhoneiros paravam os veículos para fazer a primeira subtração do combustível. Já em Teresina, dentro da garagem da transportadora era mais uma vez furtado e adulterado com produtos (água, soda cáustica). Nesse segundo momento havia muita vezes com a condolência dos donos das transportadoras. Quando o combustível dessa transportadora para os postos de gasolina sofria uma nova adulteração”.
Antes da gasolina ser adulterada, uma subtração era feita antes. A gasolina pura desviada era vendida pela metade do preço média nos postos de gasolina, cerca de R$ 2,50. De acordo com a investigação, o furto ocorria com a conivência da direção das transportadoras.
Carlienne Carpaso
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