Os fiscais do Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (Imepi) e do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) realizaram uma inspeção nas bombas do posto de combustível na região do Monte Castelo, na manhã desta quinta-feira (14), após a divulgação da denuncia de um consumidor por meio de um vídeo ontem (13).  O posto não foi fechado como está sendo divulgado nas redes sociais, ele continua com atendimento normal aos clientes. 

Os órgãos de fiscalização dão dicas de como os consumidores evitar a fraude no abastecimento dos seus veículos (veja ao final da matéria). 

A metrologista do Imepi, Geuseni Rabelo, informou ao Cidadeverde.com que a inspeção concluiu que não houve fraude na bomba, mas há o indicativo de uma postura irregular do frentista durante o manuseio. 

Durante a fiscalização foi realizados dois procedimentos para saber se as bombas apresentavam irregularidades. Nos dois casos foi observado o correto funcionamento e os lacres não estavam adulterados. 

“A bomba foi aprovada. Fizemos duas verificações, uma na vazão máxima e outra na mínima, e ela está respondendo dentro do erro máximo admissível, de acordo com as instruções do Imepi. Pelo o que nós observamos no vídeo, o problema foi ocasionado pelo frentista porque o bico estava fora do receptáculo. Houve uma má intenção por parte dele: ou para prejudicar o proprietário ou para se benefiar”.  

Recomendações

Os órgãos fiscalizadores recomendam que os motoristas ao pararem o veículo para o abastecimento nos postos de combustível verifiquem se o termômetro está zerado e se o gatilho (por onde sai o líquido) está no receptor correto, e não pendurado em local indevido.

“O consumidor precisa verificar que a bomba está zerada. O consumidor também é fiscal da lei. Constatou a veracidade? Ligar para o Procon, Imepi, que imediatamente irá fiscalizar in loco”, disse o fiscal do Procon, José de Arimateia Arêa Leão. 

Imepi ressalta que o consumidor tem o direito de fazer a verificação do combustível no posto, e o frentista não pode se negar. O cliente pode verificar em até 20 litros. 

De acordo o Imepi, o consumidor pode perder ou ganhar em torno de 100 milímetros de combustível. Esse seria a quantidade tolerável. 

Defesa 

O gerente do posto, Deusdeth Gomes, relatou que trabalha no local há 20 anos no local e que, até hoje, não recebeu uma autuação das instituições de fiscalização.  Para ele, a gravação é uma “tentativa de difamar o posto”. 

Durante a inspeção, o gerente apresentou o laudo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmando que o local está de acordo com a legislação. 

Flagra

Veja a explicação do consumidor que flagrou o suposto “golpe da bomba”: 

“Essa é a segunda vez que eu abasteço neste posto. Eu percebi que estava com pouco combustível e parei para abastecer, tinha um Fiat Uno abastecendo na minha frente. Eu vi que o Fiat Uno saiu e o frentista não colocou a pistola, a pistola é o gatilho de onde sai o combustível, no local. Ele colocou pendurado onde se coloca a mangueira e a bomba continuou ligada. Eu lembrei que já abasteci neste posto, coloquei R$ 30, se não me engano, e quando sai do posto o ponteiro do carro não subiu, mas eu não tinha prova e não voltei”, disse o rapaz no áudio.
 
A gravação continua: “o Fiat Uno na minha frente abasteceu R$ 15. O frentista não colocou a pistola no local porque se ele coloca no local certo a bomba desliga automaticamente, então quando ele for ligar ela zera. Ele deixou o bico pendurado no local que coloca a mangueira para (a bomba) continuar ligada e quando ele fosse começar o abastecimento (no meu carro), já iria começar com R$ 15, que era o valor que tinha abastecido no Fiat Uno. Eu observei que ele ficou na frente do gatilho para eu não ver, mas eu já tinha observado e desci do carro com o celular filmando”.

Flash Yala Sena e Carlienne Carpaso
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