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Atacantes Willian e Gabriel Jesus têm estatísticas ruins na Copa

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Lucas Figueiredo/CBF

FÁBIO TAKAHASHI, DANIEL MARIANI E LEONARDO DIEGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Os dois gols da vitória contra a Sérvia, que deu a classificação para o Brasil, foram feitos pelo meio-campista Paulinho e pelo zagueiro Thiago Silva. É algo simbólico para o desempenho de dois dos jogadores de ataque da equipe, que estão com estatísticas medíocres.

O ponta Willian teve apenas três finalizações nestes três primeiros jogos. Nenhuma no gol adversário.

Considerando todos os 33 jogadores que atuam na posição deles e estão classificados para as oitavas de final, 14 conseguiram acertar o alvo, ao menos uma vez.

O ponto aqui é que o técnico Tite parece ter poucas opções para trocar Willian. Douglas Costa, que entrou no lugar dele contra a Costa e Rica e teve bom desempenho, se machucou. Ainda não está certo quando ele poderá retornar a atuar.

Nas Eliminatórias, que marcaram uma arrancada fulminante da seleção quando Tite assumiu o posto, uma característica que chamou a atenção é que os atacantes passaram a participar mais das ações defensivas.

Nem Willian consegue se destacar na Copa até aqui. Ele não conseguiu nenhum desarme -22 atletas da posição dele de equipes já classificadas conseguiram ao menos um desarme.

Nesse quesito, um jogador brasileiro que vem sendo criticado aparece positivamente. Gabriel Jesus é o centroavante nesse universo que mais conseguiu desarmes (5), à frente por exemplo do uruguai Cavani, do francês Mbappé e do argentino Agüero (3 cada).

O problema é que para a posição dele o que se espera são gols marcados ou ao menos participação ofensiva decisiva. Aí a situação fica ruim.
Jesus não fez nenhum gol e não teve nenhuma finalização certa nas três partidas.

Após a partida, Tite afirmou em entrevista que segue confiando no atacante do Manchester City, artilheiro da seleção desde que o treinador assumiu o cargo.

Mas lembrou de Firmino, que também entrou contra a Costa Rica e foi bem.

 André Mourão / MoWA Press

Se Willian e Jesus trazem desconfiança, Neymar e Coutinho vão ganhando papel cada vez mais preponderante no setor ofensivo.

Os dois estão entre os jogadores com o maior número de finalizações certas até aqui (mais uma vez, considerando os pontas que estão classificados para as oitavas). Neymar marcou uma vez, Coutinho, duas.

O desempenho dos dois ajuda a colocar a seleção como a que mais finalizou no gol adversário até aqui.

Também está entre a que mais troca passes certos perto da área rival.

Na defesa, o jogo contra a Sérvia pode ter trazido alguns sustos, mas a seleção segue como uma das equipes que menos levaram chutes até aqui (foram apenas 19, melhor desempenho junto com o Uruguai).

O Brasil ganhou 74% dos confrontos na defesa, melhor indicador dos times já classificados. Atrás vêm Rússia (71%) e Uruguai e França (69% cada um).

Em resumo: a defesa parece sólida até aqui, dando base para que o ataque também deslanche. Neymar e Coutinho parecem que já estão nesse caminho. Faltam outros dois.

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