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Irmãos acusados por apologia ao nazismo são ouvidos em audiência

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Foto: Wilson Filho / Cidadeverde.com

Os irmãos Lucas Veríssimo e Dijael Veríssimo de Sousa foram ouvidos em audiência pelo crime de ameaça praticada contra a comunidade LGBTT (Lesbicas, Gays, Bissexuais e Travestis e Transgêneros) em 2014 e apologia ao nazismo. A audiência, que durou pouco mais de uma hora, ocorreu na 9ª vara criminal no início da tarde desta terça-feira (31).

Os acusados compareceram a audiência e negaram envolvimento nas acusações as quais respondem. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público como integrantes do grupo Irmandade Homofóbica que prega o ódio contra os homossexuais. 

Ainda será marcada data para uma nova audiência onde o delegado Sebastião Escórcio, que conduziu o inquérito contra os acusados deverá ser ouvido.

Ofensas

As ofensas foram praticadas na rede social Facebook. Três postagens são atribuídas aos irmãos. Em uma delas, a coordenadora do grupo Matizes, Marinalva Santana, é ameaçada de morte. Em outro post, os réus comemoram a morte de gays no Piauí

"A gente espera que a Justiça seja feita, porque no Brasil,  via de regra, crimes de ódio ficam impunes", disse Marinalva Santana que relembra que teve que mudar sua rotina após as ameaças.

Após receber a notícia do adiamento, Marinalva diz que o medo de sair nas ruas continua. "Eles estavam na audiência com aquele ar de intimidação. Eu só espero que a Justiça seja feita, que esse caso não seja como outros e tenha a impunidade como resultado". 

Defesa dos acusados

O réu Lucas Veríssimo já afirmou ao Cidadeverde.com que foi usado como "bode expiatório", expressão usada para definir uma pessoa sobre a qual recaem culpas alheias. O jovem disse ainda que não há provas ou testemunhas contra ele. 

"Só conheci a Marinalva depois de ser intimado. Não existem provas contra mim. Queriam um bode expiatório", disse Lucas que trabalha como técnico em Informática. 

Ao Cidadeverde.com, ele confirma que compartilhou uma publicação com ameaças a coordenadora do Matizes. Contudo, Lucas diz que "pensou que fosse uma brincadeira".

"Compartilhei o post porque pensei que era brincadeira. Pensei que a pessoa que postou era algum amigo dela [Marinalva], que estava fazendo um trote", alegou Lucas. 

Rayldo Pereira
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