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Luciane denuncia privatização da Agespisa e questiona contratos terceirizados

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Foto: Ascom

A candidata ao governo do Piauí pelo PSTU, a professora Luciane Santos, entrou com representação no Ministério Público Estadual para pedir  investigação sobre a contratação de serviços terceirizados pela empresa Águas de Teresina. De acordo com a candidata, existem  ainda denúncias de condições precárias de trabalho. 

Luciane afirma que funcionários da empresa denúnciam que não recebem horas extras e os salários seriam muito baixos. 

“Recebemos diversas denúncias em que os trabalhadores relatam condições degradantes de trabalho, horas extras não pagas e baixíssimos salários impostos por empresas terceirizadas contratadas pela Águas de Teresina, dentre elas a Belazarte. Além de denunciarmos a situação precária de trabalho, questionamos também sobre a propriedade da Belazarte, se ela é ligada direta ou indiretamente a família do prefeito Firmino Filho”, informou Luciane Santos. Ela foi ao Ministério Público acompanhada pelo candidato a senador pelo PSTU, Gervásio Santos, presidente do diretório estadual do partido.

A professora afirma que a Agespisa foi privatizada e denuncia um possível acordo feito entre o governador Wellington Dias e o prefeito Firmino Filho.

“Desde o início fomos contra a privatização dos serviços de água e esgoto no Piauí, ocasionado pelo acordo feito entre o governo Wellington Dias (PT) e Firmino Filho (PSDB). O fechamento da Agespisa precisa ser revertido. Defendemos que a Agespisa seja saneada e seja totalmente pública, sob o controle dos trabalhadores  urbanitários e da população trabalhadora usuária. A população vem se queixando cada vez mais do aumento das contas de água e dos serviços. E para garantir serviço de água e esgoto com boa qualidade, com redução de tarifas, é necessária a reestatização do sistema de abastecimento d’água e tratamento de esgoto. Os trabalhadores terceirizados devem ser incorporados à Agespisa, com todos os direitos respeitados, e salários compatíveis com as funções desenvolvidas na empresa”, defendeu Luciane. “Precisamos ainda colocar na cadeia os responsáveis, em sucessivos governos, pelo desmonte da empresa, que foi saqueada por anos e anos por corruptos. Defendemos a prisão e confisco dos bens dos corruptos e corruptores”, continuou.

Segundo a candidata do PSTU, não só o processo de privatização da Agespisa precisa ser revertido. Ela afirma que a privatização das empresas públicas é uma forma de enriquecimento de empresários. 

“Defendemos o fim de todas as privatizações, inclusive a realizada através das Parcerias Público Privadas (PPPs) no Piauí. A privatização só serve para o enriquecimento dos grandes grupos empresariais, que faturam muito dinheiro através da exploração dos trabalhadores terceirizados. Nossa candidata a presidente da República, Vera Lúcia, também defende o cancelamento do leilão da privatização da Eletrobrás Piauí (Cepisa). Todas as empresas estatais devem ter capital 100% público e serem colocados sobre o controle da classe trabalhadora. É por conta do avançado processo de privatização da Petrobrás que estamos vivendo um verdadeiro sufoco para comprar o gás de cozinha, ou para a compra do combustível nos postos”, afirmou Luciane Santos.

Nota 

A Águas de Teresina só poderá comentar a citada denúncia após ter acesso ao documento protocolado junto ao Ministério Público do Estado do Piauí. A concessionária está à disposição do MPE- PI bem como dos demais órgãos públicos e toda a comunidade para prestar informações sempre que for solicitada.

A concessionária repudia e proíbe qualquer forma de trabalho degradante, seja infantil, forçado, escravo ou análogo em toda a sua operação e cadeia produtiva, exigindo de seus fornecedores e prestadores de serviços a mesma postura. Tal posicionamento é cláusula de todos os contratos firmados com fornecedores.

Ancorada nos princípios éticos e legais, a Águas de Teresina adota os critérios da imparcialidade e objetividade durante a seleção e contratação de seus prestadores de serviços e exige destes o cumprimento irrestrito da legislação trabalhista vigente, no limite podendo significar a rescisão do contrato.

Lídia Brito
[email protected]

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