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Superintendente diz que áudio de diretora foi mal interpretado

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O superintendente de assistência à saúde da Sesapi, Alderico Tavares, afirmou nesta quinta-feira (23) que o áudio da diretora do hospital de Campo Maior que vazou nas redes sociais foi mal interpretado. Na conversa, Jardenia Ribeiro fala das dificuldades financeiras e do fechamentos os leitos.

"O hospital tem uma capacidade de 100 leitos e devido aos atendimentos, diminuiu o fluxo de pacientes para a capital a gente tinha alguns leitos extra. O áudio da diretora Jardênia Ribeiro é sobre esses leitos extras que ainda não estão habilitados, eles não recebem financiamentos. Isso honera um pouco o orçamento da unidade hospitalar", declarou em entrevista à TV Cidade Verde.

Alderico garantiu que, mesmo após o vazamento, a diretora vai permanecer no cargo.

"Ela teve um entendimento com o  secretário e continua diretora. O secretário é reticente com essas histórias e chamou os diretores e disse que o áudio foi restrito, mal interpretado", afirmou.

Foto: Catarina Malheiros

O áudio

No áudio obtido pelo Cidadeverde.com, a diretora afirma que a transferência será encaminhada pela regulação e que a unidade corre o risco ainda de ter outros setores fechados, mediante o repasse dos recursos. Ela acrescenta que a unidade não tem recebido repasses e atesta a "falência" da unidade por falta de investimentos. Leia a transcrição de parte do áudio:

"Campo Maior hoje está fechando 30 leitos e passa hoje a transferir todos os seus internados com uma complicação maior, que precisa de internação. Nós estamos sem medicamento, sem insumos, sem medicação e não temos condição de manter paciente internado. A orientação da equipe é que vá fazer atendimento até 18h e no momento de internação seja feita regulação.[...] Nós estamos fazendo o que podemos e nesse momento estamos fechando esses 30 leitos pra que a gente tenha condições de alimentar e dar medicamentos aos que vão ficar e é só isso. Essa semana a gente faz isso, se as coisas acontecerem, se o dinheiro chegar e a gente conseguir pagar nossos fornecedores, as coisas vão se normalizar. Caso contrário, a gente vai fechando aos poucos cada setor. Estamos com estoque de medicamento, insumo e até de limpeza baixo e não temos mais fornecedor. Os licitados já pararam de fornecer e mudamos pra fornecedores alternativos e eles não querem mais atender e por último perdemos o fornecedor de alimentos e material de limpeza. Dessa forma a gente não tem como fazer esse atendimento que precisam e que aqui a gente faz[...] Estou oficializando o senhor secretário através de ofício informando a necessidade, a carência e a falência praticamente do hospital que não recebe recurso para que possa se sustentar", afirmou a diretora.

Da Redação
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