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Museu do Piauí precisa de vistoria e plano contra incêndio

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O incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro ascendeu o alerta com outros prédios que guardam a memória do país. Em Teresina, alguns imóveis como a Casa Odilon Nunes, onde funciona o Museu do Piauí e a Casa Anísio Brito, onde está o Arquivo Público, têm uma arquitetura que já é uma prova desse legado. Contudo, as instalações precisam de cuidados e investimentos que ainda não foram feitos, como planos contra incêndios.

A Casa Anísio Brito é um imóvel de mais de 100 anos. A biblioteca e o arquivo público foram construídos em 1941 e o prédio foi reformado em 1976. Em 2012 passou por uma grande reforma. Para os visitantes, tudo aparenta bem, mas ela fica colada a prédios vizinhos e com a proximidade das lojas, qualquer curto-circuito ao lado pode ser um grande risco. 

Já a Casa Odilon Nunes é de 1859 e passou décadas sem reformas. Uma grande obra começou em 2016 e foi concluída no ano passado, mas o prédio não foi vistoriado pelo Corpo de Bombeiros depois disso. Falta também dimensionar a carga de energia para instalar um sistema de refrigeração, dentre outras necessidades.

A Diretora do Museu do Piauí, Dora Medeiros, chama a atenção para o fato de que não há um plano contra incêndios. “Foi refeita a fiação elétrica, agora nessa última reforma, é uma coisa que deixa a gente um pouco tranquila, mas precisamos de um plano de prevenção de incêndio. Nesse momento a gente aproveita para solicitar da Eletrobras, da Águas de Teresina para ver a questão dos hidrômetros. O corpo de Bombeiros vai fazer a vistoria e apresentar um relatório e vai nos orientar sobre os passos que a gente tem que tomar porque não é só a questão dos extintores de incêndio, é preciso ter também o pessoal treinado e tem que haver também um plano de sinalização”, reivindicou a diretora.

O Major José Veloso, relações públicas do Corpo de Bombeiros, disse que está aguardando a gestão do Museu no sentido de proporcionar essa medida de proteção contra incêndio que está prevista na legislação. “Existe um procedimento, um protocolo, que é justamente no sentido de contratar um profissional que vai identificar o perfil próprio, as características aqui do local e trabalhar em cima justamente de fazer essas adequações. É uma continuidade, ele precisa ter uma revisão na verdade, a aprovação, o atestado de regularidade, não é só a vistoria. A vistoria vai identificar, que pode ser de regularização ou fiscalização”.

A secretaria de Estado da Cultura administra os recursos para os dois prédios, mas a secretária de Cultura. Bid Lima não compareceu para gravar com a equipe da TV Cidade Verde, mesmo a entrevista tendo sido marcada e remarcada com ela na manhã de hoje. 

A assessoria de Comunicação da Eletrobras informou que se o “Estado deseja fazer inspeção nas instalações elétricas internas, deve ser solicitado a um eletricista particular ou do quadro próprio dos servidores, se houver”.

A assessoria da Águas de Teresina informou que não há nenhuma pendencia em relação a água e hidrantes e que todos esses casos devem ser analisados junto ao Corpo de Bombeiros.

Lyza Freitas (Com informações da TV Cidade Verde)
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