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PM envolvido na morte de Emilly é solto e vai a juri popular

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O policial militar Aldo Luis Barbosa Dornel vai a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri pela morte da menina Emilly Caetano Costa, de oito anos, no dia 25 de dezembro do ano passado. A decisão é do juiz Antonio Nollêto, da 1ª Vara. O PM vai esperar o julgamento em liberdade, já que na mesma decisão, o magistrado revogou a prisão do acusado. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 27 de dezembro de 2017. Veja a sentença

O cabo da PM Francisco Venicio Alves, que também estava na abordagem policial que terminou na morte da garota tambem vai à juri popular, mas pelo crime de fraude processual. A pena varia de 3 meses a dois anos.

A defesa de Aldo Dornel alegou cerceamento de defesa e pleiteou a sua impronúncia por entender que inexiste suporte probatório mínimo a indicar a autoria do crime. Sustentou ainda a insuficiência de provas e pediu a remessa do processo para a Justiça Militar Estadual, por se tratar de suposto delito impróprio. 

Até o julgamento, o PM não poderá se ausentar temporariamente ou definitivamente do município de sua residência, sem a devida autorização do juiz. Tem que comparecer a todos os atos do processo para os quais for intimado e informar o juiz mensalmente das suas atividades, bem como uma eventual mudança de endereço. Aldo não pode sair à noite e nem nos dias de folga. O policial não deve se envolver em nenhum outro delito.

A abordagem

Emilly estava com os pais e duas irmãs, sendo uma dela um bebê de nove meses, em um veículo passando pela Avenida João XXIII quando o carro da família foi atingido por tiros após ser parado por uma viatura policial. Nela estavam PMs do 5° Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na zona Leste da Capital. 

Segundo a mãe de Emily, Daiane Félix Caetano, em depoimento à polícia, ela e o marido, o cantor sertanejo Evandro da Silva Costa, estavam indo levar a filha para uma franquia de açaí quando ocorreu a abordagem policial. O policial Aldo Luis Barbosa Dornel foi apontado como autor dos disparos.  

Câmeras de segurança mostram um dos policiais atirando contra o veículo da família, já parado. Na ação, a mãe de Emily, que estava com um bebê no colo, levou um tiro de raspão e o pai, o músico Evandro Costa, foi atingido na cabeça e perdeu a audição de um dos ouvidos. 

Hérlon Moraes
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