Valério, que já é réu no processo do mensalão, responderá por formação de quadrilha, corrupção ativa e denunciação caluniosa. Ele está preso em São Paulo desde o dia 10 de outubro em razão da Operação Avalanche, da Polícia Federal.

 

Na quinta (27), o Supremo Tribunal Federal negou liberdade ao publicitário. Segundo o MPF, a denúncia foi aceita na última terça-feira (25) e a decisão prevê que os presos preventivamente durante a operação continuarão detidos.

 

O advogado Marcelo Leonardo, que defende Valério, afirmou que ainda não obteve acesso ao teor do processo e, portanto, não se manifestaria. "Nós vamos aguardar a citação, para ter conhecimento do teor da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, e precisamos ter acesso ao processo e isso ainda não aconteceu. Por isso, por enquanto, não vamos nos manifestar." Na ocasião, a cervejaria informou que não tinha vínculos com Valério, que também negou envolvimento em corrupção de policiais.

 

Entenda o caso
De acordo com o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Leandro Daiello Coimbra, responsável pela Operação Avalanche, Valério intermediava encontros entre advogados e policiais federais para que fosse aberto um inquérito contra fiscais da receita que multaram a Cervejaria Petrópolis em R$ 104.540.220,00 por sonegação de impostos.

 

A intenção, de acordo com a investigação, era prejudicar os fiscais. Valério seria amigo do dono da cervejaria e conselheiro da empresa, segundo a investigação.