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Quebradeiras de coco ocupam sede do Interpi em protesto

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Foto: Divulgação / MIQCB

O Movimento Interestadual das  Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) declarou há pouco a ocupação do Instituto de Terras do Piauí por tempo indeterminado. O motivo segundo a categoria, é a morosidade no trâmite do processo de regularização do território na região dos Cocais. 

Helena Gomes, Coordenadora do movimento das Quebradeiras de Coco explica que a questão imediata está  na falta de liberação das diárias no valor de R$7 mil reais pela Secretaria de Fazenda do Estado para que a equipe do INTERPI possa desenvolver suas atividades em campo. O MIQCB informa que somente desocupara  o instituto com a saída da equipe para Região dos Cocais.

"É uma vergonha acontecer isso aqui no Piauí. Implica em tudo na nossa vida, na nossa natureza.  Mas não vamos deixar de resolver isso - o Interpi está fechado, amanhã não funciona e nós só vamos sair daqui quando isso resolver - já que o governo não tem dinheiro pra manter nossas terras - nós viemos com malas e cuia e coco babaçu pra quebrar aqui dentro", afirmou Helena em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (7).

O INTERPI alegou que continuaria com os trabalhos somente após decisão judicial. Fato contra argumentado pelo MIQCB enfatizando que  o objeto do processo não impedia que os trabalhos técnicos do Iterpi continuassem. "A área encontrada não corresponde a área encontrada pelo Estado. Existem duas outras pessoas, dois terceiros que ingressaram com uma ação judicial questionando a propriedade de parte da área. Como a área é uma matrícula só, só poderemos titular com a solução judicial da ação impetrada pelas partes", explicou o diretor do instituto Herbert Buenos Aires.

O diretor acrescenta ainda que o repasse de R$ 7 mil para a liberação das diárias para continuar o trabalho de georreferenciamento e fiscalização já foi feito e aguarda a liberação do prédio pelos manifestantes. "A equipe esteve lá ano passado e esse ano na área. Com a liberação das diárias eles irão retornar e concluir o trabalho que foi retomado no final de setembro e começo de outubro", concluiu o diretor.

Rayldo Pereira
[email protected]

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