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Projetos não serão colocados "goela abaixo", diz Jeová Alencar

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O presidente da Câmara Municipal de Teresina, Jeová Alencar (PSDB), disse nesta sexta-feira (9) que o projeto do Palácio da Cidade que regulamenta o transporte por meio de aplicativos e a PPP da iluminação pública não podem ser enfiados "goela abaixo" pra a população. Segundo ele, as duas propostas precisam ser discutidas de forma a beneficiar todos os envolvidos. No caso da PPP, o tucano fez questão de frisar que não está convencido de que a medida possa trazer benefícios para Teresina.

"Só se faz a PPP do filé. Até agora não me convenceu. Claro que algumas deram certo como a da Ceasa. Eu quero ouvir  mais. Não tem uma PPP no país que não seja questionada nos tribunais. Você entregar a iluminação da cidade a uma empresa. Será que não vai potencializar os impostos?  Você termina mexendo no código tributário. A zona rural vai ficar de fora mais uma vez. A zona rural é sempre o patinho feio. De forma açodada não vai ser", desabafou o presidente da Casa durante entrevista à TV Cidade Verde.

Já em relação ao projeto que regulamenta o transporte de passageiros por meio de aplicativos, Jeová também falou que de  forma açodada a matéria não passa.

"O prefeito mandou um projeto que regulamenta o transporte por meio de aplicativos. Existe reclamações das duas partes. A Câmara está aberta e precisa fazer emendas ao projeto e procurar legitimidade para as duas classes.  Um projeto dessa envergadura não vai ser colocado açodadamente e goela abaixo. Na semana que vem entra em pauta e da primeira para a segunda votação pode receber emendas. Temos a  classe dos guerreiros taxistas, mas não podemos fugir da realidade dos aplicativos. É preciso a regulamentação, mas de uma forma que beneficia os dois", declarou o vereador.

Fotos: Wilson Filho

Emendas

Jeová também reclamou da não liberação de emendas por parte do Executivo. As de sua autoria, segundo ele, estão há dois anos paradas na prefeitura. "Isso já vem se arrastando alguns anos. Todo vereador tem direito a 800 mil reais para indicar. Infelizmente as emendas vêm se arrastando de 2014 pra cá. As minhas, de 2017 e 2018, não foram feitas.Você não tem resposta nenhuma. Os vereadores da base e oposição estão reclamando. Está aquele clima tenso na Câmara", afirmou.

Questionado se o problema é político, o vereador disse que não quer acreditar nisso. "Teresina é bem maior do que isso. Precisamos saber o que está acontecendo. Qualquer vereador pode acionar a procuradoria da Câmara para a gente judicializar, mas não queremos isso. Claro que a gente sabe das dificuldades, agora não se pode  ficar sem resposta. A Câmara não pode  ficar relegada. Queremos resolver da melhor maneira possível", finalizou.

Hérlon Moraes
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