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Primo de Correia Lima, "Courinhas" tem julgamento adiado e fala à TV Cidade Verde

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A TV Cidade Verde entrevistou com exclusividade José Enilson Couros, conhecido como Courinhas. Primo do ex-coronel José Viriato Correia Lima, ele é acusado de matar o engenheiro José Ferreira Castello Branco Filho com um tiro na cabeça em julho de 1999. Ele teve seu julgamento adiado na manhã desta quarta-feira (21) no Tribunal de Justiça. 

Courinhas se diz inocente pelo crime acusa o soldado Moreira, condenado em julgamento em 2015, de ser o autor do assassinato. “Primeiro eu não tenho culpa. Eu não conheço a mulher, a assassina que matou o marido. Eu conheço o assassino cruel que recebeu dela R$ 100 mil para matar o pobre do marido. Ele chamou o Moreira que é um soldado da PM, empregado dele a 30 anos para matar o rapaz. Só foi um tiro na nuca. Aí eu lhe pergunto o que é que eu tenho com isso? O que foi que eu fiz", afirma Courinhas.

Ao ser questionado sobre a alegação do Ministério Público que afirma a participação Courinhas completa: "Eu nunca saí da casa antes das 8h da manhã. Ele foi morto as 5h da manhã. Nesse dia o coronel[Correia Lima] fazia cooper, bateu na minha porta e eu só saí para abrir a janela. Ele fazia cooper com dois soldados ao lado dele. Eu não matei, quem matou foi Moreira que pegou 24 anos, quem mandou matar foi a mulher que é rica e pegou seis. Quem mandou Moreira foi Correia Lima e pegou 28. O que é que eu tenho com isso. Eu sou primo dele, só isso e nada mais”, diz Courinhas sobre Correia Lima.

O réu falou ainda sobre o primo condenado a mais de 100 anos de prisão por diversos crimes. Para ele, Correia Lima ‘paga pelo que merece’. “É tudo provado, quem disse foi a filha dele. O Dr. Nolleto é muito justo. O que aconteceu aí ele está pagando porquê ele fez, quando se compra fiado tem que pagar, quando ele merece tem que pagar”, afirmou.

Julgamento adiado

O julgamento, que seria mais um passo no julgamento dos envolvidos do caso Correia Lima não aconteceu. Surpreendendo a todos o juiz da 1ª vara do Júri Antônio Nolleto, se declarou suspeito para conduzir os trabalhos. Ele alegou questão de foro íntimo e por lei, não é obrigado a revelar. O magistrado ficou de enviar os autos a presidência do Tribunal de Justiça para a designação de outro juiz.

Segundo a investigação, o réu e o soldado da PM Francisco Moreira do Nascimento foram recrutados por Correia Lima para executarem o crime. A mandante, esposa do engenheiro, Ana Zélia Correia Lima Castello Branco, teria oferecido R$ 100 mil pelo homicídio como vingança por traições do marido.

Em 2015, três dos quatro réus foram condenados pelo crime, Correia Lima pegou 25 anos de reclusão, Moreira, 23 anos, e Ana Zélia, sete anos em regime semiaberto. A mandante recorreu e pediu nulidade do julgamento e não está presa. O Ministério Público pediu aumento da pena dela, mas três anos depois, o TJ ainda não apreciou o requerimento.

“Há participação de lojística. Ele veio a Teresina uma semana antes do crime e cinco dias depois se evadiu da cidade mas deixou muitas provas indiciárias que foram colhidas pela comissão de investigação do Crime Organizado”, afirma o promotor Régis Marinho.

"A defesa recebe o adiamento com respeito ao pronunciamento do magistrado que se declarou suspeito e vamos aguardar a manifestação", concluiu o advogado de defesa de Courinhas Leôncio Coelho.

Rayldo Pereira (Da Redação)
Com informações de Tiago Melo (TV Cidade Verde)
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