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Firmino defende que prefeitura limite Uber para evitar excesso de carros no Centro

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O prefeito de Teresina, Firmino Filho, defendeu nesta quinta-feira (29) que a frota de veículos que rodam via aplicativos seja limitada pelo executivo municipal e não pela Câmara de Vereadores. O assunto está em discussão no legislativo da capital e tem causado polêmica. 

"Ninguém sabe se é pouco ou muito. A gente não sabe hoje quantas pessoas se utilizam do Uber. A Uber nunca compareceu a uma reunião e sequer respondeu a carta da prefeitura. Hoje não se sabe quantos pessoas sobrevivem do Uber. Só podemos fixar o número quando soubermos quantas pessoas vivem disso. Quando se fixa na Câmara vai ser mais difícil mudar depois", afirmou em entrevista à TV Cidade Verde.

Para o gestor, a limitação vai evitar o excesso de carros em regiões com trânsito intenso, como o Centro de Teresina. "Meu entendimento é mais racional. Só com os dados poderemos fixar. A limitação evita excesso de carros saindo do Centro. Na medida que você cria mais carros você vai tirar o pão dos outros e o ganho de todo mundo vai cair exageradamente. Existe razões para que a gente regulamente o sistema de transporte individual", defende.

A limitação da quantidade de veículos rodando é um dos 3 pontos que ainda os vereadores e entidades envolvidas não chegaram a um acordo. "Dos 11 pontos, já tem acerto em 8. Dos 3 pontos em aberto, falta fechar sobre a placa do carro, que tem que ser de Teresina. Se é de Teresina vai pagar IPVA aqui e taxas aqui. Se não é de Teresina estamos mandando o dinheiro pra fora. Assim vamos rasgar o dinheiro e dar para os outros. Outro ponto é o tempo do carro. No projeto tem 6 anos. Se quer fechar com 8, pode ser negociado", relata o prefeito.

Foto: Catarina Malheiros

Com a regulamentação, segundo Firmino, as empresas de aplicativos passaram a pagar imposto. "Tudo que a prefeitura faz gera polêmica. Estou acostumado já. Isso faz parte do jogo. Isso é uma novela conhecida. Existe uma lei federal que os poderes locais tem que regularizar o uso desses aplicativos. O transporte que estava em Teresina era clandestino. A prefeitura ouviu e elaborou um projeto de lei adequado e respeitando a lei federal. Busca cobrar das empresas que elas possam contribuir com impostos. Eles cobram 25% dos motoristas e pagam zero de imposto na prefeitura e Estado. É uma forma de regularizar, garantido fazer que essas empresas que ganham bilhões só com a tecnologia paguem imposto", finalizou.

Ainda na entrevista, o prefeito de Teresina  chamou de desserviço a antecipação do processo eleitoral na capital.

Hérlon Moraes
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