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MPPI disponibiliza canais para denúncias contra médium João de Deus

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O Ministério Público do Piauí comunicou nesta quinta-feira (13) que está disponibilizando dois canais para que mulheres denunciem, caso tenham sido vítimas do médium João de Deus, em Abadiânia, no Goiás. O médium de 76 anos está sendo investigado por abuso sexual e a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva de João de Deus.

O Ministério Público do Piauí montou uma força tarefa para atender a esses e a quaisquer outros casos sofridos por mulheres vítimas de violências e está disponibilizando o e-mail [email protected] e o telefone (86) 9 9482-7947. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais do Piauí, promotor de justiça Sinobilino Pinheiro, garante que a identidade e os depoimentos das vítimas serão totalmente preservados e mantidos em sigilo. Eu deu entrevista hoje ao Jornal do Piauí.

Diversas mulheres denunciaram em todo o Brasil terem sido abusadas sexualmente pelo médium e o promotor diz que o canal pode encorajar as denúncias de algumas do Piauí que possam ter ido a Abadiânia, e sofrido algum tipo de agressão por parte do médium. João de Deus mantém a Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no interior de Goiás e desde junho de 2018 já era investigado pelo Ministério Público de Goiás. 

“Foram montadas forças tarefa em todos os estados a fim de acolher e auxiliar no que for preciso essa vítima e também de colher os respectivos depoimentos para reforçar ainda mais a investigação no MP de Goiás”, explicou o promotor. 

Ele diz que no Piauí não houve denúncias sobre o caso. “Não houve qualquer denúncia, mas já disponibilizamos diversos canais. Para o público externo, iniciamos essa campanha no dia de ontem, no entanto desde segunda-feira o MP já acionou todos os seus promotores criminais do Piauí para acolher de forma devida a vítima seja em que local for. Já existem os canais ordinários do MP no estado, a exemplo da ouvidoria”. 

Ele esclareceu que mesmo os crimes tendo sido cometidos no Goiás, cabe ao Ministério Público local de cada estado realizar essas apurações. “No entanto, como há uma grande quantidade de visitas a Abadiânia, e não se descarta que tenha piauienses indo também, - tendo em vista que são aproximadamente 5 mil pessoas que visitam aquele local de toda a região do país, por semana, - então não descartamos essa possibilidade de haver piauienses aqui”. 

Sinobolino acrescentou que além dos promotores para atenderem a vítima, a força tarefa conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas e assistentes sociais. “Do centro de apoio operacional, as promotorias criminais e a equipe de psicólogos e assistentes sociais do NUPEVID, que é o núcleo de atenção as vítimas de violência domestica do MP do estado”.

Lyza Freitas
[email protected] 

 

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