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Sem leilão, acervo de escritor é vendido para a prefeitura

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A Câmara Municipal de Parnaíba aprovou que a Prefeitura de Parnaíba compre o acervo histórico do escritor Humberto de Campos, que faleceu em 1934. O fardão, máquina de datilografia,  que ele usava para escrever os livros e outros objetos, serão adquiridos pelo poder municipal para serem expostos na Academia Parnaibana de Letras.

Os objetos estão em poder da família do escritor, mas já foi colocado a leilão e não houve interessados. O acervo custa em torno de R$ 60 mil. A Prefeitura foi autorizada pela Câmara para adquirir por R$ 50 mil.
 
Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

Prefeito José Hamilton

O prefeito José Hamilton (PTB) disse que é um acervo importante, por estar resgatando a história da cidade. “Para que não ocorra como os objetos de Simplício Dias, que não se encontra nem em Parnaíba”.

Cajueiro de Humberto de Campos

O Cidadeverde.com flagrou que o cajueiro de Humberto de Campo, local de visitação do público, estava fechado. O prefeito admite que está fechado porque é próximo a uma parada de ônibus de transporte alternativo.
 

“Estão usando o local para outros fins, por isso ele está fechado. A recomendação é que fique fechado e seja aberto só em alguns momentos”, destacou o prefeito. O gestor afirma que vai retirar o terminal da praça, já que está de forma improvisada e reformar o local para a visitação.

Humberto de Campos Veras, quem plantou o famoso cajueiro em 1896, nasceu em Miritiba, Maranhão, em 25 de outubro de 1886, tendo passado grande parte de sua infância e adolescência em Parnaíba. Faleceu no Rio de Janeiro em 5 de dezembro de 1934. Em seu livro Memórias ele conta a história do cajueiro, sob o título de Meu amigo de infância.

Quem é Humberto de Campos?

Humberto de Capos foi um escritor brasileiro nascido em Miritiba, hoje Humberto de Campos, Estado do Maranhão, cuja obra extensa e variada, constando sobretudo de crônicas e contos humorísticos, o tornaram um dos autores mais populares em sua época.

Aprendiz de tipógrafo e depois escriturário, iniciou-se (1908) no jornalismo em Belém do Pará, e chegou a diretor de A Província do Pará. Fatores políticos forçaram-no a mudar-se (1912) para o Rio de Janeiro, RJ, onde passou a trabalhar como redator de O Imparcial. A longa série de seus livros de prosa iniciou-se com Da seara de Booz (1918). Publicou depois, entre outros, A serpente de bronze (1921), A bacia de Pilatos (1924), O monstro e outros contos (1932) e Poesias completas (1933).

Eleito membro da Academia Brasileira de Letras (1920), também foi eleito deputado federal pelo Maranhão (1927), mas teve o mandato interrompido pela revolução (1930). Suas Memórias (1933) são apontadas como seu livro mais importante. Morreu no Rio de Janeiro, RJ, e seu Diário secreto, publicado postumamente (1954), causou escândalo.


Flash de Yala Sena
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