(Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com)
A Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente investiga a participação de mais moradores no crime ambiental que resultou na destruição de árvores em praça pública. Ontem (20), o contador Charles Ramos Menezes, assumiu ter dado a ordem para a retirada ilegal das árvores. Contudo, há a informação que vizinhos também colaboraram com a "vaquinha" para pagar o jardineiro que fez o corte.
"Até o momento, não conseguimos identificar os outros vizinhos que teriam contribuído com dinheiro para que fosse feito o corte ilegal das árvores. Quando conseguirmos identificá-los, também serão indiciados", disse a delegada Edenilza Viana, titular da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente.
O jardineiro responsável pelo corte ilegal prestou depoimento na manhã desta quarta-feira (20). Segundo a delegada Edenilza Viana, ele- que tem 50 anos e não terá o nome revelado- estava bastante nervoso e demonstrou arrependimento.
"Ele disse que foi contratato pelo principal autor do fato, começou a executar o serviço às 7h e terminou às 9h. Ele conta que foi contratado para podar, mas a pessoa que o contratou sempre dizia que era para cortar mais para que não tivesse mais sombra e ninguém pudesse habitar mais naquela praça. O jardineiro fez por dinheiro, tinha consciência que era errado. O ajudante dele também será ouvido e reponsabilizado", disse a delegada.
O jardineiro não informou o valor recebido pelo serviço.
Delegada Edenilza Viana, titular da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (Foto: Graciane Sousa/ Cidadeverde.com)
Os envolvidos no crime ambiental vão responder nas esferas cível, administrativa e penal.
"Os orgãos ambientais foram oficiados para que também tomem providências administrativas na punição. Nos crimes ambientais, a pessoa é punida de forma autônoma na área cível, criminal e administrativa", explica a delegada.
Graciane Sousa
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