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Homem paga US$ 7 mil para viver com mulher artificial

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Para alguns homens, elas são perfeitas, lindas e sensuais. Poderiam ser de um grupo especial de mulheres, se não fosse por um detalhe: são bonecas em tamanho natural. O que leva alguém a ter uma companhia tão silenciosa e submissa? Solidão? Loucura? Desespero? Conheça o homem que criou essas criaturas e histórias de quem pagou pelo menos us$ 7 mil para adotar uma mulher artificial. 
 
VIDA A DOIS
Jason ama Vanessa, se declara sempre, mas não ouve nenhuma resposta
É de manhã, e Jason prepara o café. Passa manteiga em uma torrada e serve dois copos de suco de laranja. Vanessa está sentada à mesa, olhando para ele impassivelmente. Jason sorri para ela e pára por um momento para admirar suas feições. Em seguida, dá um caloroso abraço em sua companheira. Aparentemente, eles levam uma vida doméstica tranqüila.

Jason ama Vanessa e se declara o tempo todo. Mas não recebe nenhuma resposta. Vanessa é assim: não fala, não faz críticas, não se queixa de nada, nem mesmo de ter que assistir a programas de esportes na TV. Nenhuma namorada de Jason jamais reagiu às suas manias dessa maneira. Mas também nenhuma delas era feita de aço e silicone.

Na verdade, Vanessa é uma "real doll", uma mulher artificial com requintes de realidade: cabelos sedosos, nariz delicado, cílios longos, maçãs do rosto coradas e unhas bem-tratadas. Ela é até bonita. Jason também não fala nada sobre Vanessa, muito menos sobre os motivos que o levaram a escolhê-la como sua companheira ou sobre quanto pagou por ela. Para ele, Vanessa é um sonho que conseguiu realizar.
Hoje, é possível comprar uma companhia desse tipo a partir de US$ 7 mil. "Se o cliente quiser as três entradas sexuais, boca, vagina e ânus, terá que pagar US$ 250 a mais", diz Matt McMullen, o americano de 30 e poucos anos que inventou esse gênero de mulher. "É difícil fazer tudo funcionar lá embaixo e tudo tem que se encaixar em um espaço definido. Isso leva tempo e por isso custa mais caro."

VARIEDADE
Todas as mulheres artificiais de McMullen, que se considera um perfeccionista, são feitas a mão. "São verdadeiras obras de arte", diz. Ele, que está nesse negócio há dez anos, afirma que seus produtos já viraram objetos de culto entre as pessoas. Nenhum cliente é exposto, tudo funciona no mais absoluto segredo. Mas a clientela de Mc-Mullen formou uma bizarra comunidade no próprio site da empresa (www.realdoll.com). "O rosto de Leah é tão bonito e seus seios são incríveis! Como você fez isso? Não consigo tirar minhas mãos dela", escreve um cliente satisfeito. Um outro diz: "Você fez de mim um homem muito feliz".

Segundo McMullen, seus clientes são variados. Há casais e até famílias que adotam suas bonecas. A idade também é heterogênea, entre 20 e mais de 50 anos, e o maior volume de vendas é para homens solteiros -mais da metade deles com experiência em engenharia ou tecnologia da informação. Para o criador, esses profissionais sabem apreciar o trabalho realizado em cada boneca. Muitos deles discutem incansavelmente as qualidades de suas mulheres artificiais em sites de bate-papos online.

Numa dessas conversas, surgiu a pergunta: "Se você pudesse ter uma 'real doll' parecida com qualquer pessoa do mundo, quem seria? A minha seria a minha cunhada de 18 anos". Infelizmente para ele, a tecnologia de McMullen ainda não é tão avançada para construir réplicas de pessoas reais. Mas os clientes podem escolher a altura, o comprimento e a cor dos cabelos, o tom de pele, o tamanho dos seios e até a aparência dos pêlos púbicos, que podem ser aparados ou não. Também podem pedir um bronzeado, selecionar a maquiagem e a cor do esmalte das unhas.

 

Fonte: G1

 

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