Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
Três funcionários da Cepisa, responsáveis pela fiscalização em unidades consumidoras para coibir os conhecidos "gatos", foram presos nesta terça-feira (18), em Teresina. De acordo com o delegado Laércio Evangelista, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), um deles foi preso suspeito de furto qualificado e dois por prevaricação.
"Na residência do preso por furto, encontramos um medidor fraudado. Os outros dois foram presos por prevaricação pois, mesmo sabendo que o medidor estava fraudado, deixavam de autuar e emitiam um laudo informando que o medidor estava normal", disse o delegado.
O flagrante ocorreu na residência de um dos funcionários no bairro Parque Piauí, na zona Sul de Teresina, que também foi autuado por falsidade ideológica.
"Ele estava sendo monitorado desde o ano passado quando uma equipe fez o mesmo procedimento em sua residência. Ele foi autuado também por falsidade ideológica porque assinava como se fosse sua esposa", informou o Greco, acrescentando que a fatura do suspeito era incompatível com o consumo.
Os suspeitos não tiveram os nomes divulgados. Os presos por prevaricação foram liberados após autuação. Já o suspeito de furto será levado à audiência de custódia nesta quarta-feira (19).
Por meio de nota, a empresa responsável pelo fornecimento de energia no Piauí esclareceu, entre outros pontos, que solicitou o desligamento por justa causa dos colaboradores envolvidos.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
A Equatorial Energia Piauí informa que, ao tomar conhecimento de suspeita de furto de energia contra colaborador, terceirizado, formalizou notícia-crime junto à Polícia Civil.
No final da tarde de ontem (18), em operação conduzida pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), o colaborador foi preso em flagrante depois de constatada a irregularidade no equipamento de medição do seu domicílio.
No momento da prisão, ele denunciou a participação de dois colaboradores, contratados de empresa prestadora de serviços à distribuidora, que também foram detidos na ação policial.
A empresa esclarece que tem acompanhado as investigações da polícia e que já solicitou o desligamento por justa causa dos colaboradores envolvidos.
A Equatorial Energia Piauí faz valer um rígido código de ética para seus colaboradores próprios e terceirizados e não compactua em nenhuma hipótese com práticas como a que levou essas três pessoas à prisão.
A concessionária ressalta que o furto de energia é um crime, previsto no Código Penal brasileiro, que prejudica a toda a sociedade, impactando na qualidade e na segurança do fornecimento de energia elétrica, além de comprometer a arrecadação de impostos que poderiam ser aplicados em áreas essenciais como saúde e educação.
Graciane Sousa
[email protected]