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TJ nega recurso para Allisson Wattson voltar a ter patente de policial

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Foto: Arquivo Pessoal

Ampliada às 12h40

O  pleno do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI)  negou o embargo impetrado pela defesa do ex-capitão Allisson Wattson da Silva Nascimento que pedia que fossem devolvidos o posto e a patente do militar. A decisão foi anunciada no fim desta manhã. Por unanimidade, o colegiado seguiu o voto do desembargador José Francisco do Nascimento, relator do processo. 

"Verifico não existir nenhum vício a ser suprido mediante o presente recurso, nem mesmo a omissão e obscuridade alegados [...] a parte não deseja obter esclarecimento ou explicação do julgado, mas tão somente reiterar os pontos da defesa já levantadas. Tanto é assim que as razões do recurso praticamente não referenciam o julgamento realizado, parecendo mais uma repetição da peça de contestação", fundamentou o relator.

A advogada Ravena Castro, que atua como assistente de acusação, pontua que a decisão ainda cabe recurso. 

"Acreditamos que o TJ agiu de forma acertada. Sempre há essa preocupação da defesa do Allisson para que ele volte aos quadros da PM. O embargo foi negado e pela decisão do Piauí ele não voltará a ser PM. Estamos sempre vigilantes e atentos aos recursos que são impetrados. A nosso ver, essa decisão deve ser mantida não só no Piauí como em outras instâncias para que ele, que ainda vai a julgamento no Tribunal do Júri, continue fora dos quadros da PM", frisa a advogada. 

Pela parte da defesa do ex-capitão não houve advogado para fazer a sustentação oral durante a sessão. A TV Cidade Verde entrou em contato com o advogado Pitágoros Veloso, responsável pela elaboração do recurso, e obteve a informação que ele não atuaria mais na defesa do ex-militar.

 

Publicada às 11h

O pleno do Tribunal de Justiça do Piauí marcou para hoje (05) o julgamento do recurso impetrado pela defesa do ex-capitão Allisson  Wattson da Silva Nascimento que pede que sejam devolvidos o posto e a patente do militar. Allisson é réu confesso na assassinato da então namorada, Camilla Abreu, em 2017. Na Polícia Militar, o ex capitão recebia vencimento de mais de R$9 mil. 

Esta é a segunda vez que a defesa tenta reverter a expulsão assinada pela governadora interina, Regina Sousa, em março deste ano e já ratificada pelo pleno do TJ e pela Câmara  Criminal. O ex-militar foi demitido ex-oficio sem direito a qualquer remuneração ou indenização. 

Jean Abreu, pai da vítima, lamenta a tentativa de reintegração do ex-oficial à PM. 

Foto: Graciane Sousa

 

Camilla foi assassinada em setembro de 2017. Foto: Arquivo Pessoal

"Ele confessou a morte da milha filha, assassinada da maneira mais cruel e ainda jogada no lixão. O Estado não pode compactuar com isso. Eu acredito que ele não volte aos quadros da PM. O sentimento é de revolta e impunidade. Queremos Justiça, não vingança", disse o pai. 

O julgamento do embargo está previsto para às 11h.

 

Flash  Graciane Sousa e Tiago Melo (TV Cidade Verde)
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