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Juíza determina transferência de 50% dos internos no CEM após motim

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Atualizada às 9h10

A juíza Elfrida Costa Belleza, 2ª Vara da Infância e da Juventude, determinou a transferência de 42 adolescentes após a rebelião ocorrida ontem no CEM (Centro Educacional Masculino).

A transferência representa 50% dos internos, já que lá abrigava 98 adolescentes. 

"Foi uma decisão em conjunto com o Ministério Público, Defensoria, Direitos Humanos de transferência, já que o CEM não tem condições de abrigar internos após o motim", afirmou a juíza.

Ela disse que os adolescentes não fizeram nenhuma reivindicação. 

Os adolescentes foram transferidos para o Complexo da Cidadania, no bairro Redenção e para o CEIP (Centro Educacional de Internação Provisória), no Dirceu.

Atualizada às 8h

A Secretaria Estadual da Assistência Social (Sasc) contabiliza os prejuízos causados após motim no Centro Educacional Masculino (CEM), neste domingo (11). Segundo Wellington Rodrigues, gerente de apoio institucional do sistema socioeducativo, os internos se rebelaram após uma tentativa de fuga frustrada e 40 dos 90 adolescentes abrigados foram transferidos. 

"Houve uma tentativa de fuga em massa. Serraram grandes, tentaram fugir, dois pularam o muro. Fomos alertados, conseguimos recapturar e essa recaptura e frustração da fuga gerou essa rebelião. Eles começaram um quebra-quebra", disse Rodrigues. 

O motim durou de 12 às 13h45. Foram destruídos colchões e cadeiras e um dos adolescentes teria sido mantido refém por outro interno. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, ele contou ainda que a reforma no prédio prevista para esta segunda-feira (12) também motivou o motim. Em julho deste ano, o governador Wellington Dias autorizou à Sasc decretar estado de emergência no CEM para reforma estrutural após constantes fugas e depredações do prédio.

"Alguém vazou a informação de que as obras começariam hoje e essas obras vão reforçar a estrutura física, melhorar as condições dos alojamentos como também reforçar a segurança no sentido de coibir a entrada de celular que está 'chovendo' nos pavilhões. Estão sendo jogados por terceiros. Só essa semana em vistorias pegamos em torno de 10 de celulares e isso incomodou os internos. Mas é algo que vamos continuar fazendo. Temos uma missão que é mantê-los recolhidos pelo prazo  que a Justiça determina", reitera o gerente de apoio institucional do sistema socioeducativo.

Os danos ainda estão sendo contabilizados. 

"Hoje vamos fazer a avaliação dos danos. As obras no decreto de emergência começariam hoje. Agora, vamos reavaliar para ver como inclui essa situação", conclui Wellington Rodrigues. 


Graciane Sousa e Yala Sena
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