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Com risco de ter braço atrofiado, servidor aguarda cirurgia há dois anos

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Foto: Arquivo Pessoal

O educador social Raimundo Nonato de Sousa, 49 anos, denuncia a demora no atendimento pela regulação do Sistema Único de Saúde para marcar uma cirurgia no ombro esquerdo. Há dois anos Raimundo sofre com dores que já se estendem para o braço e cabeça e desde o 15 de janeiro está sem conseguir trabalhar.

Após buscar atendimento pela rede pública, o agente conseguiu agendar uma consulta no mês de abril no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina, de onde ele buscava um encaminhamento para a cirurgia. “Eram para ter me encaminhado para um especialista em ombro, mas na verdade quem me atendeu era especializado em joelho e disse que não poderia fazer nada por mim”, contou.

Pai de dois filhos e há mais de sete meses sem poder trabalhar, Raimundo reclama na demora da consulta. “Já abri uma reclamação até a Ouvidoria do SUS que disse que eu teria que aguardar. O pior é que uma fisioterapeuta já disse que se eu não fizer a cirurgia, corre o risco do meu braço atrofiar”, contou.

A esposa de Raimundo está desempregada e a renda da família está comprometida. Até agora ele lamenta não ter conseguiu uma pensão pela burocracia de ter acesso a um laudo médico.

Raimundo Nonato trabalhava no regime socioeducativo do estado, onde é celetista. “É um trabalha muito duro onde fazemos de tudo. Desde conter adolescentes em caso de abstinência de drogas, até quando tem rebelião temos que entrar no corpo a corpo com eles”, lembrou.

Por conta do braço imobilizado e com fortes dores, Raimundo diz estar impossibilitado de encontrar outro trabalho e chega a pedir auxílio a amigos mais próximos. Além das contas de casa, o educador contou ter gastos com medicação. “Tenho muito gastos com remédios, tenho que tomar diariamente por conta da dor. Gasto de R$ 200 a R$ 300 reais com remédios”, disse.

Procurada pelo Cidadeverde.com, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) apontou que a demora ocorreu por falha do Hospital Estadual Getúlio Vargas, já que, em se tratando de consulta de retorno, o hospital deveria utilizar suas vagas de cota interna no sistema eletrônico Gestor Saúde, procedimento padrão e que agiliza o atendimento ao usuário.

O HGV informou que realizou recentemente um mutirão de cirurgias de ombro com 40 pacientes operados e que a prioridade são pacientes com fraturas. Ainda assim, orientou que o paciente buscasse o hospital para solucionar o problema.

NOTA FMS - Cidadeverde.com

Diante da reclamação do usuário R.N.S de que aguarda por consulta de retorno para médico ortopedista no Hospital Getúlio Vargas (HGV), a diretoria de regulação da Fundação Municipal de Saúde (FMS)  de Teresina solicita que o usuário entre em contato com o HGV para resolução do seu caso. Inicialmente, a FMS esclarece que a demora ocorreu por falha do Hospital estadual Getúlio Vargas, já que, em se tratando de consulta de retorno, esse hospital deveria utilizar as suas vagas de cota interna no sistema eletrônico Gestor Saúde, procedimento padrão e que agiliza o atendimento ao usuário.

 

Valmir Macêdo
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