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"Queremos espaço e respeito", afirma Pretinha, artilheira das Olimpíadas

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Foto: Yasmim Cunha


"Nós queremos espaço e respeito", declarou a ex-atleta Pretinha sobre o machismo ainda enraizado no futebol. Primeira brasileira a marcar  em três Copas do Mundo, ela relatou que "vivemos não em um país, mas em um mundo machista" que impede maiores oportunidades às mulheres.

Pretinha relatou que "as mulheres não estão no futebol para tomar o lugar de ninguém. Elas só querem ser respeitadas. Que as deixem fazerem aquilo que elas gostam, que é jogar futebol. E nós mulheres sabemos fazer muito bem".

Em Teresina, Pretinha participa com a auxiliar-técnica da Seleção Sub-20 Feminina, Jéssica de Lima, de um Talk Show do CBF Social Futebol Feminino em parceria com a Federação de Futebol do Piauí. O evento começou na quarta (2) e segue até hoje (5).

Pretinha ressaltou que o futebol ajuda a empoderar as mulheres a saírem de relacionamentos abusivos, pois elas se sentem mais fortes e conscientes sobre a sua liberdade e a sua vida. "Nós sabemos que sair de relacionamento abusivo é difícil, só quem vive sabe disso, mas nós, do futebol, estamos aqui para recebê-las".

Ao contrário da Pretinha, que veio de uma família de jogadores e afirmou não ter vivido episódios de racismo e machismo, Jéssica conta que de fato só começou a jogar depois que o pai faleceu, pois ele não apoiava. 
 
"Eu digo que Pretinha é uma exceção. Eu sofri violência física e verbal por jogar bola, e cheguei a ir para outros esportes. Na minha época de adolescência, eu era motivo de chacota. Nessa época, eram muito mais os motivos para não jogar".

Ao relembrar do início da sua carreira, Jéssica destacou elogios a primeira Copa Cidade Verde de Futebol Feminino Sub-17 no Piauí. 

"Eu acho super importante dar acesso a essa meninas. As mulheres por muito tempo foram impedidas de jogarem futebol. Eu mesma vim de outros esportes porque eu era impedida de jogar bola. Fiz vôlei, basquete e atletismo, e o que eu queria mesmo era jogar futebol, só depois que consegui. Então, as meninas de hoje precisam aproveitar as oportunidades e participar".

Para a auxiliar-técnica, campeã brasileira em 2015 e bicampeã paulista em 2016 e 2017 pelo Rio Preto, hoje as mulheres estão mais conscientizadas sobre o machismo. 

"As mulheres hoje estão mais conscientizas e sabem com mais clareza o que querem. E o preconceito está caindo por terra, isso ajuda e faz com que as meninas não sejam tão bombardeadas como eu fui, na minha época de adolescente. Hoje as meninas têm mais capacidade de discutir e de argumentar". 

Carlienne Carpaso
[email protected]

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