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Quiosque que pegou fogo na Raul Lopes é demolido e empresário denuncia ação irregular

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O empresário Claudinei Lima, proprietário do quiosque Cajueiro, que pegou fogo na avenida Raul Lopes no dia 1º de outubro, em frente ao shopping Riverside, zona Leste de Teresina, denuncia que os fiscais da prefeitura demoliram o que sobrou do estabelecimento nesta quinta-feira (24). Ele afirma que a ação seria irregular já que não foi apresentado nenhuma ordem judicial autorizando a demolição. 

Segundo o empresário, a questão estaria sub judice. A promotora Gianny Vieira de Carvalho solicitou ao delegado do 12º Distrito Policial de Teresina, Ademar da Silva Canabrava, informações sobre o inquérito policial instaurado para apurar o caso. Há suspeitas de que o incêndio, que ocorreu no dia 1º, teria sido criminoso. Segundo testemunha, minutos antes do fogo iniciar, um jovem foi visto deixando o local correndo.

 “A prefeitura demoliu o que restou do quiosque sem nenhum tipo de ordem judicial. Encontra-se sub judici. Fiz um Boletim de Ocorrência pela demolição e os danos causados. Não apresentaram nenhum documento de nada sobre a demolição. Ontem eles tentraram demolir, mas consegui impedir. Hoje a demolição ocorreu às 6 horas. É um horário estranho. Não é um horário de serviço da prefeitura. Me faltou chão. Não sei o que faço. Quero saber se eles me darão outra estrutura para trabalhar. O superintendente,  João Pádua, disse que por ele eu não votaria”, afirmou Claudinei. 

Foto:YasmimCunha/CidadeVerde.com

O proprietário do estabelecimento afirma que a perícia foi prejudicada porque a prefeitura mandou demolir o teto do quiosque dois dias depois do incêndio. Com isso, possíveis provas teriam sido destruídas. 
“A perícia nunca chegou a ser feita. Toda a prova que existia, a prefeitura destruiu quando mandou demolir.  A realização da perícia ficou prejudicada. O ministério público pediu a perícia no inquérito. Dois dias depois do incêndio, a prefeitura mandou demolir todo o teto para retirar a parte queimada. Nesse período não foi possível mais fazer a perícia porque o incêndio que ocorreu afetou principalmente o teto. Hoje foram demolir. No segundo dia quando retiraram o teto já prejudicaram as provas do incêndio”, disse. 

Claudinei Lima afirma que o local não tem segurança. Segundo ele, o quiosque estaria fechado há três meses porque o local passaria por uma reforma. Além disso, ele já teria sido arrombado mais de 20 vezes. 

“A prefeitura quer me remover. O ministério público encontra-se com a ação e querem me retirar do local. Já aproveitaram o caso para me retirar do meu ambiente de trabalho. Estava desativado por três meses. Estava reformando. Desativei pela falta de segurança no local e de estrutura. As duas maiores causas. Já tenho mais de 20 assaltos lá. Estava difícil trabalhar”, destacou.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da SDU Leste que ficou de enviar uma nota de esclarecimento sobre a demolição. Até o momento da divulgação da matéria nenhuma resposta foi encaminhada. 

Lídia Brito
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