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Não tem excesso de prazo para crime bárbaro, diz promotor sobre caso Aretha

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O promotor Benigno Filho, da 13ª Promotoria do Ministério Público, criticou a decisão judicial que relaxou a prisão do acusado de cometer o feminicídio contra a cabeleireira Aretha Dantas, morta a facadas e em seguida atropelada na Avenida Maranhão, Centro de Teresina.

O ex-namorado da vítima, Paulo Alves dos Santos Neto, estava preso desde a época do feminicídio, ocorrido em maio de 2018, e foi solto nessa terça (21).

Segundo o promotor, a equipe da 13ª Promotoria trabalha desde o início da manhã desta quarta (22) para que seja decretada novamente a prisão preventiva de Paulo Alves. 

O acusado foi solto com base no excesso de tempo recluso, que, segundo a defesa e o entendimento da Justiça, extrapola o código penal. Paulo estava preso há um ano e oito meses, quando o tempo previsto para julgamento é de 90.

“A sociedade não aceita. Não tem excesso de prazo para quem comete um crime nessa barbaridade”, criticou o promotor Benigno Filho.

Ainda de acordo com o promotor, a demora no julgamento do acusado e o vencimento do período de prisão preventiva é provocada pela própria defesa.

“Quem foi que deu origem a esse processo estar nessa lentidão toda? Foi o Ministério Público? Foi a família da Aretha? Foi a sociedade piauiense? Não, no meu entendimento, quem está dando margem a esse cidadão (Paulo Alves) não ir a júri é a defesa”, aponta o promotor. 

A polícia apreendeu na casa do acusado a faca que teria sido usada para matar a cabeleireira e o carro no qual ela teria sido levada até a avenida Maranhão. Nos autos do processo, a defesa de Paulo alega que os mandados de busca foram arbitrários.

O Cidadeverde.com entrou em contato com o advogado de defesa de Paulo Alves, João Marques Parente,  que afirmou que a defesa não vai se manifestar.

Nessa terça (21), o pai de Aretha, Aldir Claro, de 63 anos, desabafou que foi surpreendido com a soltura no dia do seu aniversário. Para ele, o retorno do acusado à prisão vai significar justiça. “Aí todo mundo, todo piauiense vai dizer: nós temos justiça e a justiça é respeitada”, afirmou.. 

Valmir Macêdo (Com informações do Jornal do Piauí)
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