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Vídeo: médico alerta para possíveis lesões cerebrais em brincadeira

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O neurocirurgião Gustavo Noleto alerta para os riscos de uma brincadeira entre crianças e adolescente que voltou a repercutir nas redes sociais com o novo período letivo. Em novembro do ano passado, uma estudante de 16 anos morreu em decorrência disso no Rio Grande do Norte depois de bater com a cabeça no chão.

Na brincadeira, três pessoas ficam uma do lado da outra, sendo que duas delas dão uma rasteira na terceira, que leva uma queda brusca. Vídeo acima. 

Em entrevista ao Jornal do Piauí desta quinta-feira (13), o médico explica que se a pessoa cair no chão - como acontece no vídeo - pode sofrer graves consequências, inclusive morrer. 

"Uma vez que você coloca o indivíduo sem mecanismo de proteção e ele cai bruscamente batendo a cabeça e toda a região dorsal pode ter traumatismos graves. Ele pode ter uma lesão de coluna cervical, traumatismo craniano. Pode matar, e quando não matar pode trazer uma sequela definitiva como perder a capacidade de mexer braços e pernas". 

Sobre a questão da mobilidade, o médico ressalta que isso pode ocorrer porque "a região cervical, o pescoço como a gente fala, possui uma estrutura muito nobre, a coluna cervical e, no interior dela, temos a medula. Basicamente, ela liga o crânio - as estruturas encefálicas - com o resto do corpo. É por ali que passa informações para você sentir e se movimentar. Se você tiver uma lesão medular cervical, por exemplo, dependendo da altura poderá ter o comprometimento tanto da respiração (o indivíduo poder ter uma parada cardiorrespiratória e morrer)  ou de movimentação dos quatro membros e não poderá mais se locomover de forma espontânea". 

Em alguns casos, o indivíduo também pode desmaiar no momento da queda ou ficar sem graves sequelas. No entanto, para o médico, esse tipo de brincadeira precisa ser "combatida"
 


Foto: Yasmim Cunha

Carlienne Carpaso
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