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Técnicos se reúnem para debater obras do programa Lagoas do Norte

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Foto: Enviada ao Cidadeverde.com

Uma reunião com técnicos, arqueólogos, antropólogos, advogados e defensores está sendo realizada na manhã desta quarta-feira(19) para debater sobre as obras que estão sendo realizadas pelo Programa Lagoas do Norte, na zona Norte de Teresina. O encontro, que acontece no edifício Paulo VI, no Centro de Teresina, com representantes do Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Conselho Regional de Engenharia (Crea), Defensoria Pública, Direitos Humanos da Igreja Católica, Engenheiros da Uespi, Grupo Mafrense e Associação Centro de Defesa Ferreira de Sousa. 

 De acordo com Lúcia Sousa, presidente da Associação, a reunião serve para planejar o encontro com representantes do Banco Mundial que estarão em Teresina no próximo mês para fiscalizar as obras. 

“Nós queremos provar que essas obras estão, não só fazendo desapropriações indébitas, mas também denegrindo o meio ambiente, matando o rio Poti. Eles estão querendo transformar a zona Norte em uma zona Leste, onde aterraram todas as lagoas e não tem mais espaço para água correr. Nós estamos fazendo projetos, estudos e vamos mostrar para o Banco Mundial”, argumenta Lúcia Sousa. 

Ela é uma das organizadoras do movimento #atingidospeloprojetolagoasdonorte. “Nosso movimento nas redes sociais têm chamado atenção de ambientalistas e técnicos de todo o país. Eu já fui a Recife-PE participar de um debate, membros da ONU já nos procuraram para entender melhor o que está acontecendo e estamos em contato com técnicos do Rio de Janeiro, que escrevem um livro sobre casos como este, a nível de Nordeste, para que nossa história também componha um capítulo desse livro”, destaca. 

Lúcia afirma ainda que os protestos continuam e que essa mobilização que acontece no Parque Lagoas do Norte, realizada nesta quarta, é um “desespero” da gestão do programa, porque a “população não está mais engolindo essas obras e desapropriações indébitas”. 

“Nós continuamos atuando nas duas frentes: nos manifestando, mas também procurando debater o assunto com técnicos para chegar à fiscalização do Banco Mundial”, ressalta.

fFoto: Roberta Aline/Cidadeverde.com


Caroline Oliveira
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