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Pesquisadores descobrem répteis da Era Paleozoica em Nazária e Palmeirais

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  • Descoberta_de_réptil_em_Nazária20200306085541.jpg divulgação/UFPI
  • mandíbula_de_réptil20200306085806.jpg divulgação/UFPI
  • Ilustração_dos_répteis_-_por_Vítor_Silva20200306090041_(2).jpeg divulgação/UFPI
  • descoberta_de_réptil_em_Palmeirais20200306090218.jpg divulgação/UFPI
  • crânio_de_réptil20200306085701.jpg divulgação/UFPI

Pesquisadores descobriram répteis da Era Paleozoica em pedreiras localizadas nos municípios de Nazária e Palmeiras. A idade dos fósseis encontrados é de 280 milhões de anos. Foram encontradas duas espécies, uma delas é pequena, media uns 35 cm, e outra era um pouco maior, medindo uns 70 cm. 

A pesquisa é liderada pelo Prof. Dr. Juan Cisneros, Diretor do Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), em conjunto com uma equipe internacional de paleontólogos das seguintes instituições: Museu Field de Chicago (EUA), Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte (EUA), Museu Iziko (África do Sul), Universidade Humboldt (Alemanha), Universidade de Buenos Aires (Argentina), Museu de História Natural (Reino Unido).

A UFPI destacou que os achados ocorreram nos anos de 2015 e 2016; são répteis conhecidos como “captorrinídeos”, parentes distantes dos lagartos, mas que pertencem a um grupo extinto e que não deixaram descendentes nos dias de hoje. 

Os tamanhos são estimados, pois só foram encontradas partes do crânio dos animais. Estes répteis viveram no Período Permiano da Era Paleozoica e são mais antigos que os dinossauros. A pesquisa também apontou que eles passaram pela Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina.

O professor doutor Juan Cisneros ressalta que “os répteis achados em Nazária e Palmeirais tinham hábitos herbívoros e se alimentavam de plantas que existiram na Floresta Fóssil de Teresina".

"Com esta informação podemos reconstruir as relações ecológicas entre herbívoros e plantas, no final da Era Paleozoica. Estes répteis tinham parentes próximos nos EUA, e nos ajudam a entender melhor as relações entre a fauna brasileira e a fauna dos EUA numa época em que os continentes estavam unidos, formando o supercontinente de Pangeia. Este estudo fortalece as pesquisas paleontológicas feitas pela UFPI”, acrescenta. 

 

Carlienne Carpaso (com informações da UFPI)
[email protected] 

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