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Promotor investiga se intoxicação de presos na CDP foi intencional

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O Ministério Público do Piauí abriu inquérito para apurar se a intoxicação de cerca de 200 presos na Cadeia Pública de Altos foi intencional. Em entrevista nesta segunda-feira (1) ao Jornal do Piauí, o promotor Elói Pereira Júnior disse que também solicitou informações obre a escolta dos presos e a segurança dos profissionais da saúde que tratam de 25 detentos que seguem internados por intoxicação. Um dos presos internados fugiu do Hospital Getúlio Vargas onde se tratava de complicações renais em decorrência da contaminação na unidade prisional.

A hipótese inicial era de contaminação da água distribuída na cadeia. “O inquérito também tem essa finalidade, analisarmos se essa conduta eventualmente criminoso foi dolosa ou culposa, ou seja, se alguém fez isso intencionalmente com a intenção de causar algum tipo de sofrimento ou até morte aos presos ou se foi culposa, não teve os cuidados necessários na hora de aplicar algum produto”, explicou o promotor. 

Segundo o relatório da Secretaria de Justiça, a infecção atingiu 200 presos, os primeiros casos ocorreram há um mês. Até agora 6 presos morreram, sete tiveram alta e 25 internos seguem internados em hospitais da capital.

Um dos detentos, identificado como Ronald Lucas Rogado dos Santos, escapou do Hospital Getúlio Vargas no sábado (30). As algemas teriam sido tiradas para que ele fosse ao banheiro. Havia um agente penitenciário na escolta. Um segundo preso também tentou fugir, mas foi contido. 

“Solicitamos da Sejus como está a segurança desses presos e dos profissionais de saúde no Hospital Getúlio Vargas, que é para onde foi encaminhado o maior número de presos”, disse o promotor da vara de execuções penais, Elói Pereira Júnior.

Em nota, a Sejus confirmou a fuga e diz que segue em diligência para localizar o preso. 

O MP também solicitou da Sejus os exames realizados nos presos e a análise da água analisada por técnicos.

Valmir Macêdo
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