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MPT avalia instauração de dissídio coletivo em greve dos ônibus

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Foto:Roberta Aline

O Ministério Público do Trabalho no Piauí vai avaliar a necessidade de instauração de dissídio coletivo na greve dos ônibus do sistema de transporte público de Teresina diante da falta de acordo entre as partes. Os motoristas e cobradores estão há mais de um mês em paralisação.

O procurador João Batista Machado Júnior iniciou  investigação para apurar se os usuários do transporte coletivo de Teresina estão sendo diretamente prejudicados com a greve dos motoristas e cobradores. 

O MPT solicitou à Superintendência Municipal de Trânsito (Strans)  documentos que comprovem, dentre outras informações, a quantidade de ônibus que deveria estar circulando, caso não houvesse a greve, e quantos estão efetivamente rodando durante o período. Os grevistas já informaram ao Cidadeverde.com que estão 100% parados. 

O Ministério Público do Trabalho  quer saber, ainda, quantos veículos foram cadastrados para atender a população desde que motoristas e cobradores decidiram parar. 

Ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários do Piauí (Sintetro) o procurador solicitou atas de assembleia, atos de comunicação de greve, como também dos atos que garantem a prestação de serviços ao atendimento das necessidades dos usuários do sistema de transporte coletivo.

O MPT quer saber ainda se o  Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) acordou com o sindicato dos  trabalhadores as tratativas para garantir a prestação dos serviços indispensáveis durante a greve e o número de veículos que estão circulando nesse período.

“Sabe-se que a Strans cadastrou ônibus e vans para que a população não ficasse desassistida. Como também o Poder Público já havia adotado providências para diminuir o número de usuários do serviço durante o período de isolamento social. Como se trata de greve em um serviço essencial, o MPT somente tem a legitimidade para atuar em defesa da ordem jurídica e do interesse público. Não cabe ao Ministério Público agir em defesa do interesse das categorias envolvidas na greve”, disse o procurador João Batista Machado.


Da redação
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