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Estudantes fazem abaixo-assinado contra demissão de diretor da Escola de Teatro

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Foto: Facebook/ Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos

Estudantes e ex-estudantes denunciam a nomeação em cargo comissionado para a diretoria da Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos (ETTGC), desrespeitando as regras estabelecidas por leis e decretos.  Eleito pela comunidade da ETTGC, Ederval Leandro da Silva Monte foi surpreendido com a exoneração do cargo no dia 14 de julho. 

Artista, membro da comunidade e ex-aluno da ETTGC, Eduardo Lins, conta que a situação gerou estranheza a todos que fazem parte da Escola de Teatro. "O mais importante: nós não estamos fazendo resistência à favor ou contra qualquer pessoa, estamos em defesa da impessoalidade de uma gestão democrática", ressalta o artista.  A portaria com a nova coordenação já está publicada do Diário Oficial do Governo do Estado. 

Um abaixo-assinado virtual está em andamento para evitar que "entendimentos como arbitrário e ilegítimo" atrapalhem o processo eleitoral democrático na escolha da coordenação, até mesmo para evitar interferência política nas atividades desenvolvidas no local, pedindo a permanência da gestão de Ederval Leandro .  Link: https://peticaopublica.com.br/?pi=BR116764

"Não estamos nos colocando contra a pessoa indicada, mas havia um diretor que foi surpreendido pelo atual secretário de cultura o destituindo do cargo para nomear outra pessoa. Nós estamos preocupados com a forma como o ato foi feito já que o cargo de diretor é escolhido por meio de uma eleição, um acordo de colegiado escolar, segundo o Decreto Nº 12.766/2007", diz Lins.

Esse decreto, segundo o artista, regulamenta a eleição para diretor da Escola de Teatro conforme Lei Complementar Nº 71 de 26 de julho de 2006, que disciplina o processo de eleição de diretores das escolas da Rede Pública Estadual de Ensino no Piauí. 

A nomeação da nova coordenadoria não cita o decreto e a referida lei complementar, mas outra, também complementar, de Nº 13 do dia 03 de janeiro ano de 1994, "tratando a diretoria da escola como uma simples coordenação comissionada pela confiança do secretário", ressalta Lins. 

"Estamos falando de dois institutos jurídicos completamente diferentes. No caso, a escolha do diretor se trata de um ato administrativo vinculado a escolha da comunidade escolar enquanto o secretário tratou como simples cargo comissionado", argumenta o artista. 

A portaria com a nova nomeação foi publicado no dia 13 de julho, mas, segundo a comunidade do teatro, essa situação se tornou de conhecimento aos membros um dia após a publicação no Diário Oficial do Governo.

Secult

A Secretaria do Estado de Cultura (Secult) divulgou uma nota de esclarecimento sobre a troca da coordenação da Escola Técnica Estadual de Teatro Gomes Campos (ETTGC); confira na íntegra:

O secretário de Cultura Carlos Anchieta, esteve reunido nesta quinta-feira, 17, com o professor Edinho e o Professor Chiquinho Pereira, também da escola de Teatro. Ele explicou aos dois que não há nenhuma perseguição, muito menos algo pessoal contra o professor Edinho. Ele quis quer substituir a direção da escola para alinhar os objetivos que a gestão dele tem para a Escola de Teatro. Lembrando que os cargos das escolas mantidas pela Secult, assim como as coordenações das casas de cultura, são de livre nomeação e livre exoneração. 

 



O ator e bonequeiro Giordano Bruno também participa da #SomosTodosGomesCampos. "Gostaria de reafirmar o meu apoio a então direção legítima da Escola Técnica de Teatro Gomes Campos. Também quero ratificar e pontuar bem a importância que teve essa gestão, inclusive a anterior do Chiquinho Pereira. A dedicação desses professores foi de suma importância para se conquistar o que conhecemos hoje da Escola"

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

apoio a direção (legitima) á Escola Gomes Campos

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Venho por meio desta externar meu profundo descontentamento, cada vez maior, com essa administração pública praticada pela SECULT deste Estado. Diante de tantas adversidades sou convidado à uma reunião com o nosso novo gestor, atual secretário de cultura do Estado, Senhor Carlos Anchieta. Estive no local e horário combinados. Sem muito assombro, descubro que o Senhor Secretário não irá comparecer à reunião (convocada com certa urgência) mas eu estaria tratando com um assessor. Reunião iniciada e grande foi a surpresa quando soube que a pauta em questão, nada mais era do que a minha própria destituição do cargo de gestor público à frente da direção da escola Técnica de Teatro Professor José Gomes Campos. Estranha a situação, já que um cargo de tal importância, onde ao assumi-lo, precede uma série de pré requisitos inerentes ao cargo, que não pode ser desfeito, assim. ao bel prazer de gestor algum. Deve, sim, cumprir com todos os rigores protocolares que incidem sobre o cargo de Direção -Portaria; Publicação em Diário Público Oficial; Tempo de Mandato - além de contar com a formação do profissional envolvido. E logicamente, a parte mais atingida , a comunidade escolar: estes devem e têm o direito de opinar na escolha de quem fica ou sai da direção de uma instituição, faz-se mister aqui, acima de tudo Pública de Ensino Aprendizagem em Artes. Não o conheço pessoalmente Senhor Secretário de Cultura Carlos Anchieta, ainda não tive o prazer mas sempre há tempo para um diálogo claro. Levando em conta que estou ocupando um cargo adquirido de forma legível, dentro do que se permite a lei, seguindo todos os protocolos de posse orientados e submetidos à SEDUC - Secretaria do Estado, orgão ao qual sou submetido enquanto funcionário público e para a qual trabalho. Acredito ainda que o diálogo claro é o melhor meio de se chegar à resultados positivos, respeitando a ideia de democracia e horizontalidade de ideias, dando voz a quem se deve dar. Portanto, externo aqui, também o meu apelo para direcionarmos as coisas de forma lícita, pública e desta forma, convocarmos alunos, professores, técnicos e comunidade para ouvi-los. Ederval Leandro da Silva Monte. Diretor da ETTGC

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Carlienne Carpaso
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