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Firmino recomenda cancelar Corso e revela queda de óbitos e transmissão do vírus

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Foto: Ascom

O prefeito Firmino Filho sugere que o próximo prefeito de Teresina cancele a realização do Corso 2021. O prefeito afirma que seria uma irresponsabilidade realizar o evento, caso até lá, não se inicie a vacinação da população. 

“Os preparativos do corso começam em novembro. É difícil imaginar o corso sem algum tipo de vacina. Colocar 200 mil pessoas juntas seria irresponsabilidade brutal. Ano que vem não sou prefeito. A competência será do próximo prefeito. Acho que a realização do corso sem uma vacina seria uma irresponsabilidade”, disse. 

Firmino apresentou os dados da 15º etapa da pesquisa sorológica de Teresina. Os números mostram uma queda de 30% no número de óbitos de residentes. Porém, segundo o prefeito Firmino Filho (PSDB), apesar dos óbitos terem reduzido, a ocupação dos leitos de UTI ainda preocupa.

Ocupação UTI

O prefeito afirma que o crescimento na ocupação de UTI se deve a vinda de pacientes do interior para a capital. De acordo com modelo matemático, o pico no interior ocorre, agora, na última semana de julho. Com isso, mais pacientes estão em deslocamento para Teresina.

Os leitos de UTI covid-19 estão com 77,38% de ocupação. Do total de 367 leitos, 284 estão ocupados e 83 livres. “Tem várias explicações, mas acreditamos que a principal é o aumento da vinda de pacientes do interior para a capital. O crescimento é devido a chegada de pacientes do interior”, disse.

O aumento da vinda de pacientes do interior fez crescer o número de óbitos de não residentes na capital. “Os óbitos de não residentes é cada vez maior em Teresina. Entendemos que essa vinda de pacientes aumenta a ocupação de UTI porque todos os outros  indicadores são positivos. Mas com leitos houve uma pressão muito grande. Causa é por conta da chegada de pacientes do interior”, explica.



Óbitos residentes em queda

Óbitos de residentes apresentou uma queda significativa de 33% nas últimas semanas. São 686 óbitos de residentes. "Se nós compararmos essa última semana que foram 59 óbitos, com a semana do pico (última de junho) que foram 87 mortes, a gente já vê uma queda em algo em torno de 33%. Isso deve ser ressaltodo porque os óbitos são, no processo da doença, é a última fase, porque mesmo que a doença tenha diminuído, os números de infectados, internações, é importante que o número de óbitos também diminua. Isso significa que já estamos no segundo tempo, contra essa doença”, destacou. 

Positivados

A capital possui 197.963 pessoas positivadas. Isso significa que 22,89% dos teresinenses já entraram em contato com a doença. A taxa de subnotificações é de 15%, comparados com os dados oficias que são de 13.568.  

Para Firmino, a taxa de subnotificações ainda é grande apesar do aumento no número de testes.  “Ao longo das várias pesquisas a subnotificação caiu. A quantidade de teste não cresceu suficiente para a subnotificação ficar de um dígito. Apesar de cair, ainda é grande. A cada caso confirmado, temos 15 que não são confirmados. Existem pessoas positivadas sem sintomas.  Essas pessoas se contaminaram, podem ter contaminado outras pessoas e não procuraram a rede de assistência”, destacou. 

O número de pessoas com igG+, imunes ao novo coroanavírus, é de 107.587. “É uma barreira para a circulação do vírus”, afirma Firmino.

Transmissão

A taxa de transmissibilidade, o chamado r-zero, é de 0.62. Já é a segunda semana que o r-zero se mantém abaixo de 1. “Temos o r-zero de 0,62. Na pesquisa  passada foi de 0.66. São duas semanas seguidas abaixo de 1. Pode está flutuando abaixo de 1. É um bom indício de que a transmissibilidade é menor que 1”, afirmou. 

 

Lídia Brito
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