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Pivô de polêmica marca e faz Vasco esquecer "inferno astral"

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Fábio Lima/Cidadeverde.com
Jogadores comemoram o segundo gol do Vasco sobre o Flamengo
 
O jogo entre Flamengo e Vasco na noite desta quarta-feira (18) poderia ter dois finais distintos: o time piauiense derrotado, e até eliminado da Copa do Brasil em pleno estádio Albertão, ou o carioca abalado, transportando para dentro de campo os problemas que já perturbam a diretoria. As preces à Nossa Senhora das Vitórias foram ouvidas, e quem iniciou a noite de alegria do cruzmaltino foi justamente o motivo da maior das polêmicas.
Jéferson tenha sido talvez até o melhor do Vasco no gramado encharcado do Albertão. Não só pelo chute de fora da área aos 10min que abriu o placar, mas pelo que fez durante toda a partida. Pivô da perda dos seis pontos na Taça Guanabara depois da sua escalação ter sido considerada irregular, em campo ele parece ter usado a raiva para alimentar sua superação.
 
No Flamengo, o técnico Paulo Moroni até escalou o time na retranca, com dois atacantes, mas orientação para atuar no 6-3-1 na primeira metade da etapa inicial. A idéia era suportar a pressão adversária no começo da partida. Não funcionou. Com seus titulares, Dorival Júnior mostrou que não queria dar chance ao perigo.
 
 
Aos 26min, Rodrigo Pimpão tocou de calcanhar para Paulo Sérgio, que viu Elton com apenas um marcador. Após outro passe rápido, o atacante do Vasco arrancou para driblar o goleiro Robson, que substituiu o suspenso Beto, até derrubá-lo no chão.
 
O 2 a 0 insinuava que a goleada estava a caminho. Depois do gol, os visitantes perderam pelo menos outras duas grandes chances. Mas depois disso, os cariocas mostraram suas falhas.
 
E de bobo o time piauiense não tinha nada. Muito menos Joniel, que recebeu o cruzamento da esquerda de Wildinho e marcou um dos mais belos gols de sua carreira no futebol do Piauí. De costas para a meta, ele girou, e quase caído, com dois marcadores a sua frente, colocou a bola no ângulo de Thiago. Sim, colocou. A bola caiu tão mansamente que não há outro verbo para descrever. Uma hora depois, nem mesmo o feito o faria ter vontade de falar com a imprensa.
 
 
O Flamengo voltou aguerrido na etapa final e equilibrou a partida. Os times alternavam oportunidades, mal aproveitadas, é verdade. Isso até os 24min, quando a bola insistia em ficar na área rubro-negra. Jober subiu para afastar o perigo. O árbitro cearense Francisco Almeida Filho, em cima do lance, entendeu que o zagueiro fez falta na entrada da área, mesmo estando de costas para o jogador do Vasco. Paulo Sérgio cobrou no ângulo: 3 a 1.
 
A equipe piauiense se rendeu. Sem ritmo de jogo igual ao adversário e formação improvisada por desfalques, o rubro-negro não se segurou até a reta final. Aos 42min, Elton pedalou na frente de Jober e chutou cruzado da esquerda para concluir a goleada. 
 
Em campo, o Vasco não tinha mais com o que se preocupar. Fora dele, é outra história. Se lembrarem dos belos gols no Albertão, por uma noite, os cruzmaltinos vão esquecer a disputa judicial pela Taça Guanabara, o protesto dos funcionários com salários atrasados, e as denúncias contra o presidente Roberto Dinamite. Ao Flamengo, resta lutar pelo Campeonato Piauiense.

COPA DO BRASIL 2009
Jogos de Ida
_______Fase______

18/02 - 19h30

Flamengo
1 x 4
Vasco/RJ
Robson; Tote (Batata), Serginho, Jober e Wildinho (Zuza); Célio, Alessandro, Niel e Michel (Jonierick); Joniel e Roni.
Técnico: Paulo Ricardo Moroni
Jéferson (10'/1T)
Elton (26'/1T)
Joniel (45'/1T)

Paulo Sérgio (24'/2T)
Elton (42'/2T)
Tiago; Paulo Sérgio, Fernando, Titi e Ramon; Nilton, Amaral, Carlos Alberto (Alex Teixeira) e Jéferson (Mateus); Pimpão (Faioli) e Elton.
Técnico: Dorival Júnior
Estádio: Albertão (Teresina/PI)
Arbitragem: Francisco Almeida Filho, Marcos Brígido e Francisco Feitosa (CE)
Renda e público: Ainda desconhecidos

 Fábio Lima
[email protected]
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