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Após 6 anos, justiça decide e acusado de matar Phillip Hatus vai a júri popular

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Foto: Arquivo Pessoal

Seis anos depois, a Justiça do Piauí pronunciou e Francisco das Chagas dos Santos Machado Sobrinho vai a júri popular pela morte do garoto Phillip Hatus de Lima Guerra. Ele foi assassinado a tiros, na porta de casa, no dia 18 de fevereiro de 2014, por volta das 20h, no bairro Promorar, zona Sul de Teresina. Phillip, na época com 6 anos, estava na calçada de sua casa esperando um entregador de pizza, na companhia da mãe, do irmão Robson (de 10 anos) e uma outra pessoa, quando o acusado teria chegado ao local em uma moto acompanhado de um adolescente. 

De acordo com o processo, a dupla estaria  à procura de um desafeto e, como não o encontraram, atiraram contras as pessoas que estavam lá. Os tiros teriam sido disparados pelo adolescente. Apenas Phillip foi atingido.

Ainda segundo o processo, a defesa de Francisco Machado pleiteou por sua impronúncia, "alegando a inexistência de suporte probatório mínimo a indicar a autoria delitiva imputada". Mas, segundo o juiz Antônio Nollêto, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri, há indícios de autoria do acusado no crime. Francisco também será julgado pelo crime de corrupção de menor.

"A decisão de pronúncia encerra mero juízo de admissibilidade, cujo objetivo é submeter o acusado ao julgamento popular, eis que nessa fase vigora o princípio in dúbio pro societate em contraposição ao princípio do in dúbio pro reo. Assim, tratando-se de apuração de crimes dolosos contra a vida, qualquer dúvida razoável deve ser resolvida em favor da sociedade, remetendo-se, assim, o caso à apreciação do seu juiz natural, o Tribunal do Júri", afirma o juiz.

Francisco Machado, segundo a Secretaria de Justiça, é foragido desde 2017. Em maio de 2016 ele foi preso após fugir da Casa de Custódia se passando pelo irmão.

A morte de Phillip Hatus gerou forte comoção no bairro Promorar e desencadeou uma série de ações de segurança pública na região. Até uma caminhada com 5 mil pessoas foi realizada à época pedindo paz na zona Sul de Teresina.

Hérlon Moraes
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