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Com um a menos, Inter empata na Colômbia e classifica Grêmio na Libertadores

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O Internacional voltou a tropeçar na Copa Libertadores. Com um a menos durante a maior parte do segundo tempo, o time gaúcho empatou sem gols com o América de Cali, na Colômbia, nesta terça-feira. Além de perder a liderança do Grupo E, o Inter acabou ajudando o arquirrival Grêmio a garantir a classificação às oitavas de final.

Mais cedo, o time comandado por Renato Gaúcho venceu a Universidad Católica por 2 a 0, em casa. Com 10 pontos, lidera a chave e agora tem assegurada a classificação matemática. Já o Inter soma oito pontos, na segunda posição do grupo, e só precisa de um empate com a Católica, fora de casa, no dia 22 de outubro, para obter também a sua vaga no mata-mata.

A situação tranquila na Libertadores, contudo, não arrefece a insatisfação da torcida. O Inter chegou ao seu quarto jogo sem vitória na temporada, somando também as rodadas do Brasileirão, do qual já foi líder.

Em Cali, o time gaúcho fez um fraco primeiro tempo, mas surpreendia o adversário na etapa final quando Leandro Fernandez foi expulso em lance isolado. A desvantagem numérica custou caro por reprimir o ímpeto ofensivo da equipe e desmontar a estratégia do técnico Eduardo Coudet.

O JOGO - Coudet surpreendeu nesta terça ao escalar o Inter com uma postura mais recuada, com Praxedes no meio-campo, em vez de escalar Boschilia. Nem mesmo o retorno de Patrick fez a equipe gaúcha jogar mais solto num primeiro tempo de baixo nível técnico, de poucos lances ofensivos de ambos os lados e de forte chuva.

O Inter era excessivamente cauteloso, principalmente devido ao mau tempo. Era sólido na defesa, mas ousava pouco além do meio-campo. A preocupação defensiva era evidente. Para não ser surpreendido, Coudet mantinha sempre três defensores em linha em qualquer investida do Inter no ataque. Por consequência, o time chegava com pouco volume de jogo no setor ofensivo.

Menos mal para o time brasileiro que o América exibia fragilidades, principalmente no ataque. Tentava impor pressão, sem sucesso. Cometia erros bobos, até mesmo em cobranças de lateral. E abusava das faltas. O volante Paz levou cartão amarelo antes de completar o primeiro minuto de jogo.

As pasmaceira acabou no segundo tempo. O treinador do Inter colocou Boschilia em campo, justamente na vaga de Praxedes. O time começou a buscar mais o ataque, ganhou espaço no meio-campo Os brasileiros pareciam se impor em campo, empurrando os colombianos para o campo de defesa quando Leandro Fernandez foi expulso, aos 13. Ele acertou uma cotovelada em Torres, totalmente sem bola, quando o Inter formava barreira para cobrança de falta do América.

A exclusão praticamente implodiu a estratégia de Coudet, que pretendia conter o América no primeiro tempo e partir para o ataque no segundo. Mas, mesmo com a limitação numérica, o Inter buscava o ataque. Na melhor oportunidade, Leonardo Borges e Galhardo trocaram passes até a bola chegar em Patrick, que encheu o pé quase na pequena área e mandou para fora, aos 31.

Três minutos depois, a resposta do time de Cali foi quase fulminante. Moreno bateu prensado, em dividida com Moledo, e carimbou o travessão, diante do susto da defesa colorada. Foi a última boa oportunidade da partida.

O Inter voltará a campo no sábado, pelo Brasileirão. E a tentativa de reação será justamente em mais um Gre-Nal. O clássico será disputado na Arena do Grêmio, pela 13ª rodada.

FICHA TÉCNICA:
AMÉRICA DE CALI 0 x 0 INTERNACIONAL
AMÉRICA DE CALI - Graterol; Ureña, Marlon Torres, Segovia e Velasco; Paz (Jaramillo), Carrascal, Sierra e Arias (Cabrera); Batalla (Moreno) e Adrian Ramos. Técnico: Juan Cruz Real.
INTERNACIONAL - Marcelo Lomba; Saravia (Heitor), Rodrigo Moledo, Cuesta e Leonardo Borges; Rodrigo Lindoso, Nonato (Musto), Patrick e Praxedes (Boschilia); Thiago Galhardo (Abel Hernández) e Leandro Fernandez. Técnico: Eduardo Coudet.
CARTÕES AMARELOS - Paz, Velasco, Moledo, Carrascal.
CARTÃO VERMELHO - Leandro Fernandez.
ÁRBITRO - Guilhermo Guerrero (Equador).
RENDA E PÚBLICO - Jogo sem torcida.
LOCAL - Estádio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali, na Colômbia.

Fonte: Estadão Conteúdo

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