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Ônibus: Strans fiscalizará bilhetagem, garagens e pedirá a ilegalidade da greve

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O superintendente da Strans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito), Weldon Bandeira, afirma que a bilhetagem eletrônica e a liberação dos ônibus das garagens serão acompanhadas para que o acordo da frota mínima seja respeitado durante o período de greve dos motoristas e cobradores, iniciada nesta terça-feira (13). A Strans deverá por meio da Procuradoria Geral do Município pedir a ilegalidade total da greve, pois, atualmente, a rota dos ônibus trabalha com a frota mínima devido a pandemia do novo coronavírus, informa Bandeira .

Na última greve, que durou cerca de 80 dias no primeiro semestre de 2020, os sindicatos e o Tribunal Regional do Trabalho acordaram que os ônibus iriam circular com frota de 70% no horário de pico e de 30% no entrepico.

O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Giorgi Alan Machado Araújo, determinou nesta terça-feira (13) multa de R$ 50 mil por dia, caso o Sindicato dos Motoristas e Cobradores não cumpra a lei de greve. 

Greve surpresa

Weldon Bandeira ressalta que a greve pegou a equipe da Strans de surpresa. "Nós fomos surpreendidos na última sexta-feira (9), já no fim do expediente, com o comunicado do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários No Estado do Piauí) sobre essa deflagração da greve. De acordo com a lei, nós tínhamos que ter esse anúncio de greve com pelo menos 72 horas úteis, para que pudéssemos tomar as medidas possíveis".

Frota Alternativa 

O superintendente acrescenta que a Strans usou o cadastro da última greve dos motoristas e cobradores para elaborar uma frota de veículos alternativos. 

O transporte alternativo não possui leitor de cartão. Por isso, não será aceito os passes eletrônicos.  A tarifa máxima a ser cobrada por viagem é de R$ 4,00, que deverá ser paga em espécie. Qualquer abuso econômico e moral deverá ser comunicado a Strans. 

"Nós tínhamos um cadastro do período da greve anterior com 57 veículos alternativos, entre ônibus, micro-ônibus e vans. Esses foram contatados ao longo do fim de semana para que desse suporte a frota mínima estabelecida pelo Tribunal do Trabalho, na última greve. Teria que ser 70% da frota estabelecida em ordem de serviço pela Strans nos horários de pico, ou seja, das 6h às 9h e das 17h às 20h. Algo de 130 ônibus. No entrepico seria 30% da ordem de serviço". 

O cadastramento de veículos alternativos também continuará para reforçar essa frota. "Esperamos que haja o entendimento o mais rápido possível entre as partes, entre os empresários e os trabalhadores para que essa greve não perdure por muito tempo".

 


Foto: Roberta Aline

Liberação de ônibus

A partir de quarta-feira (14), a Strans  acompanhará a saída dos ônibus das garagens para identificar se a quantidades e os horários estabelecidos são respeitados pelo sindicato dos motoristas e cobradores. 

"Nossos fiscais tiveram nas portas das garagens hoje pela manhã e identificaram problemas. Foi impedido a saída de ônibus das garagens. Diante disso, o Setut ingressou com pedido de liminar junto ao Tribunal do Trabalho, que acatou e determinou que seja cumprido esse mínimo estabelecido durante a última greve".

"Nós fazemos essa fiscalização diária através do nosso sistema de bilhetagem eletrônica. Nós temos como monitorar se foram cumpridas as determinações do Tribunal Regional do Trabalho. Nós também manteremos os ficais nas garagens para saber se há alguma restrição por parte do sindicato (dos motoristas e cobradores) na liberação dos veículos" 

"A demanda estava sendo retomada com a reabertura das atividades econômicas. A última semana, nós já estávamos com cerca de 47 mil viagens diárias; isso representa 21% da nossa demanda usual. Toda semana, nós estávamos aumentando a frota conforme se aumentava os passageiros". 

Reivindicação

Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) reinvindica plano de saúde, ticket alimentação, o cumprimento dos 30% da MP 936/2020, melhores condições de trabalho, pontos de apoio com condições adequadas no final de linhas, equipamentos de proteção individual (máscaras, álcool em gel, proteção com tela de película ao lado do motorista e na frente dos cobradores) bem como satinização dos ônibus.

 

Carlienne Carpaso
[email protected]

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