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Brandão diz que inspeção no Piauí não é "tribunal de Hitler"

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Em entrevista no Jornal do Piauí desta segunda-feira, o desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho criticou a falta de critérios para as denúncias feitas na audiência da inspeção do Conselho Nacional de Justiça, realizada na semana passada, quando magistrados foram acusados de vários crimes e tiveram suas atuações no judiciário piauiense questionadas.
 
Brandão reclamou da forma como as denúncias foram feitas, com desembargadores sendo chamados de bandidos e corruptos sem direito a defesa. "Devia haver um regramento para que pessoas desavisadas não assacassem impropérios contra a magistratura piauiense. Sabemos que somos feitos de carne e osso, sabemos que temos nossos pecados. Condenar as pessoas sem ter uma prova concreta, isso aqui não é o tribunal de Nurenberg, de Hitler. Isso é democracia?", questionou.
 
"Foi realmente tingir, sujar a honra e a dignidade da Justiça. Não o CNJ em si, mas as pessoas que por falta de um regramento, exarcebaram em suas denúncias", acrescentou, defendendo que, se houver nova audiência, sejam impostas normas para quem fará a denúncia.
 
O desembargador acredita que maioria das denúncias são vazias, mas tem certeza de que, se houverem denúncias fortes, o CNJ vai tomar as providências. Ele defendeu os magistrados que se sentiram lesados e prometem ingressar com ação judicial, e disse que o Tribunal de Justiça do Piauí tem agido mesmo sem inspeção do Conselho, abrindo processos contra juízes por desvio de função, por exemplo.
 
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