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“Estamos à mercê da vacina”, diz novo secretário sobre volta às aulas presenciais

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O novo secretário municipal de Educação (Semec), Nouga Cardoso, disse em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta quinta-feira (17), que a volta das aulas presenciais no município depende de uma boa cobertura vacinal contra a Covid-19.

“Estamos à mercê da vacina”, disse. O novo secretário afirma que há uma “demanda consistente” de pais e mães de crianças que precisam retornar ao mercado de trabalho, mas estão impedidos porque não podem levar os filhos para a escola. 

“Essa demanda foi levada ao Dr Pessoa e a gente precisa dar uma resposta para a sociedade”, declarou Nouga Cardoso. No entanto, o novo gestor da Semec garante que todas as decisões sobre volta às aulas presenciais serão norteadas por portarias do Ministério da Educação e por autoridades em saúde. 

“Temos quer ter como  suporte para tomada de decisões as portarias do MEC, do Comitê de Operações de Emergência, da Vigilância Sanitária, dos conselho municipal e estadual de Educação.  São quem vai balizar o nosso atuar.  Temos a possibilidade de retorno tanto pela via 100% remota ou híbrida. E ainda, se conseguirmos realmente uma boa cobertura da vacinação, podermos retomar o quanto antes ao ensino 100% presencial. Essa não é uma decisão único do secretário”, ressaltou.

Nouga também vai instituir um comitê com infectologistas, pedagogos e professores para elaborar um protocolo de retorno às aulas.

IDEB
O novo secretário afirma que, segundo dados da equipe da transição da Semec, mais da metade dos alunos da rede municipal de ensino enfrentam dificuldade para ter acesso às aulas remotas.

Foto: Yala Sena

Para Nouga, o impacto dessa dificuldade vai reduzir o desempenho de Teresina no Ideb- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Em sua gestão, o novo secretário afirma que vai focar na formação integral dos estudantes e não apenas nas disciplinas de português e matemática. 

“A gente quer levar uma formação integral dos nossos estudantes contribuindo assim com todas matérias. Nos preocupa muito essa supervalorização dessa avaliação do Ideb, principalmente nesse período de pandemia. O resultado é divulgado em anos pares e em 2022 deve ter um novo resultado, uma nova classificação e eu diria que ranquear as escolas públicas nacionais levando em consideração o ensino, que foi bastante afetado pela covid, talvez não seja a melhor política de educação. A avaliação do Ideb dever vir para avaliar um tamanho das perdas e não para avaliar o crescimento das escolas”, defende.

Izabella Pimentel
[email protected] 

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