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Falta de oxigênio para pacientes atrasou voo de Manaus, diz Gilberto Albuquerque

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O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), dr. Gilberto Albuquerque, explicou que o atraso no voo com os passageiros de Manaus para Teresina ocorreu pela falta de oxigênio na aeronave para transportar os pacientes com segurança, na manhã desta quinta-feira (14).  Os pacientes serão transferidos para tratamento da Covid-19 devido a falta de estrutura hospitalar na capital do Amazonas.    
 
“A situação de Manaus está tão difícil que o avião previsto para sair de lá às 7h da manhã não conseguiu oxigênio em quantidade suficiente para chegar a Teresina com esses pacientes. Imagine como a situação está crítica. São pacientes que estão sentindo falta de ar. Portanto, é um desespero total. A cidade de Manaus não tem sequer oxigênio suficiente para atender essa demanda”, diz. 
 
Muitos hospitais de Manaus estão com falta de oxigênio para tratar os pacientes infectados pelo novo coronavírus. Os pacientes estão com falta de ar devido a doença. O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí vai receber 30 pacientes.


Dr. Gilberto explica que equipes da cidade de Manaus conseguiram abastecer os cilindros que vêm oxigenando os pacientes por volta de meio-dia. O voo da Força Aérea Brasileira embarcou de Manaus às 14 horas com previsão de chegada em Teresina às 18 horas.

Equipes estão no aeroporto de Teresina para receber os pacientes. “As equipes estão desde a manhã (de hoje) montadas para o translado seguro desses pacientes. Nós vamos permanecer esperando de prontidão até que a gente possa atender esses irmãos, que vêm numa situação crítica, de falta de ar”. 

Leitos extras 

Gilberto Albuquerque ressalta que “os leitos que os pacientes de Manaus não estão na conta dos nossos pacientes. Eles são leitos extras que estão sendo montados especificadamente para esses pacientes. É claro, essa situação de Covid aumenta, diminui, estica, é muito irregular, mas durante esse período nós já temos garantido tecnicamente leitos capazes de atender a nossa demanda”. 
 

Foto: Soldado Karlos/Ala 9

 

Manaus 

O governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, informou que na quarta-feira (13/01) ocorreu a chegada da primeira remessa de isotanques de oxigênio, na Base Aérea de Manaus, para abastecer a rede estadual de saúde. "Os insumos estão sendo transportados, ao longo da semana, pela Força Aérea Brasileira (FAB), da cidade de Guarulhos (SP) para a capital, e devem totalizar 22 mil metros cúbicos de oxigênio", diz o governo. 
 
Logística Teresina
 

“Nós juntamos equipamentos da Prefeitura de Teresina com outros que o HU já tinha e montamos toda a estrutura”.

Sobre a chegada de mais pacientes, além dos 30 previstos, Gilberto Albuquerque conta que até o momento não há essa informação. “Esse pico Covid sobe muito rápido, passa por volta de um mês e diminui, provavelmente, eles estejam nesse pico máximo. Enquanto a gente trata esses que estão chegando, eu espero que a curva se achate e que não precise mandar mais pacientes”.
 
 Reestruturação 
 
Gilberto Albuquerque ressalta que os leitos para Covid-19 estão passando por transferência de locais, saindo dos hospitais temporários de campanha para leitos no Hospital do Monte Castelo e Hospital Universitário, principalmente por conta do período chuvoso. 

O gestor ressalta, por exemplo, que a tenda no Hospital de Urgência de Teresina é algo improvisado, com a transferência os pacientes serão atendidos realmente dentro de uma estrutura hospitalar.  “Os pacientes estarão em leitos seguros e adequados”

 
“Nós estamos reestruturando, trocando de lugar. Por exemplo: as tendas do HUT é um lugar inseguro principalmente nesse período de chuva e de inverno. Então, nós estamos transferindo esses leitos para o Hospital do Monte Castelo e para leitos do Hospital Universitário. O Pedro Balzi, que é um hospital de campanha também improvisado, estamos transferindo para leitos do Monte Castelo”.
 

 
Foto: Soldado A.Soares/Força Aerea Brasileira
 

Carlienne Carpaso
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