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HUT tem redução na taxa de mortalidade nas UTI Covid-19, diz diretor

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O diretor geral do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), médico Fábio Marcos, confirma a redução da taxa de mortalidade nas unidades de tratamento intensivo voltadas para o tratamento de pessoas com Covid-19 na unidade hospitalar. Nos últimos meses, a taxa de mortalidade caiu de 60% para 23%.

Fábio Marcos elenca que a melhoria na estruturação da rede hospitalar, incluindo a melhor capacitação e qualificação dos profissionais de saúde que atuam no local, principalmente nas alas Covid-19, ajudou reduzir a taxa de mortalidade. 

“Para vocês terem uma noção: a nossa unidade de terapia intensiva Covid tinha uma taxa de mortalidade alta no primeiro momento, chegava a 60%. Era uma taxa compatível com a taxa mundial. Hoje, a nossa taxa de mortalidade na UTI Covid é de 23%. Ou seja, a gente conseguiu melhorar bastante, no decorrer do tempo, a nossa qualidade de assistência”, diz  

Atualmente, a média de tempo de permanência é entre 10 a 12 dias, mas já chegou a ser 21 dias. “Ao longo desse período, a gente reduziu pela metade o tempo de permanência em UTI e reduzimos, substancialmente, a mortalidade”.

O diretor comenta que a taxa de ocupação dos leitos destinados ao tratamento da Covid-19 possui uma particularidade. “Ela oscila bastante durante a semana. Hoje mesmo, dos 18 leitos
disponíveis para a população, 13 estão ocupados. Está em um índice aceitável”.

O início da pandemia no ano passado foi marcado pela vulnerabilidade do sistema de saúde, comenta o diretor. 

“O sistema de saúde contava com o número de leitos de UTI menor. Nós passamos por um período de adaptação, de qualificação, até mesmo dos próprios profissionais de saúde, muitos não estavam aptos a assistir os pacientes com Covid-19. Hoje, a gente tem uma estrutura melhor organizada, melhor estruturada, com profissionais de UTI mais aptos para a assistência”. 

Com o fim do contrato com a empresa responsável pela montagem do Hospital da Campanha, foi permitido a doação de equipamentos. “A gente conseguiu 25 ventiladores mecânicos, monitores cardíacos, cardiodesfibriladores, todo esse maquinário vai ser utilizado tanto no HUT como também está utilizado no (Hospital) do Monte Castelo. Então, houve uma continuidade e um legado que a gente vai passar pra rede municipal”. 

O diretor também comenta sobre o pós-Covid. Ele relata que a enfermaria também passou por qualificações. “Hoje as nossas enfermarias possuem assistência de fisioterapia melhor, tem assistência com aparelhos bem melhor do que no primeiro momento”. O Hospital Mariano Castelo Branco, por exemplo, passou a receber pacientes pós-Covid. 

 

 

Carlienne Carpaso
[email protected] 

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