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MC Livinho se afasta do funk e diz ser artista versátil ao lançar álbum trap

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Após ano conturbado, MC Livinho, 26, lança nesta sexta-feira (19) o álbum "Mágico dos Flows", com a promessa de iniciar uma nova fase de sua carreira. Nesse projeto, ele se afasta do funk e mergulhar no trap, ritmo que mistura o hip hop com o eletrônico.

"Com o uso de instrumentos sintéticos, a batida é outra, mas ainda voltada ao público jovem. O trap é uma evolução da black music, do hip hop", afirma o cantor. "É um ritmo que tem muita abertura entre o público jovem e dentro do próprio funk."

Esse trabalho vem depois de um período complicado para Livinho, que diz ter perdido dez pessoas para a Covid-19, entre amigos e conhecidos próximos. "Eu mesmo tive os sintomas", afirma ele, que apesar da suspeita, não teve a doença confirmada.

Além das incertezas da pandemia, Livinho foi notícia também em janeiro após sumir por algumas horas depois de relatar uma possível perseguição ao seu carro nas redes sociais. Internautas e até amigos dele se mostraram preocupados e seus vídeos viralizaram.

Passado o susto, o músico não deu detalhes do que passou, mas afirmou que se arrepende de ter compartilhado os posts em suas redes sociais. "Eu não fiz isso para fazer marketing de música, me arrependo, foi na emoção", enfatiza ele ao F5.

Na ocasião, alguns internautas especularam que as publicações seriam uma forma de promover uma música, que se chamaria "Cilada". Ele negou na ocasião, e a canção de fato não aparece entre as prévias do novo trabalho já divulgadas pelo cantor.

Ele liberou trechos de três músicas nas redes sociais no mês passado: "Só as Brabas", "Não Decepciona Nunca" e "Quando Sai?". A música oficial de lançamento do álbum é "Novo Vício", que chega ainda sem clipe por falta de tempo hábil para a produção.

Segundo o cantor, "Novo Vício" fala de uma mulher que não foi valorizada pelo parceiro e, hoje, é mais feliz amando a si mesma. "O vício dela é rebolar, sair, curtir a vida, ser feliz. Ela não está mais presa ao passado ou a alguém que não fazia questão dela", conta ele.

O álbum terá dez músicas e foi totalmente produzido por Livinho e pelo DJ Tavares, no estúdio do cantor. O projeto tem ainda a participação do MC Jhef, do movimento trap, na música "SUV"; e do amigo de infância MC Rogério, em "Testemunha Ocular".

Livinho tocava violino quando criança em igreja evangélica Divulgação/SBT ** Livinho contou que comprou as licenças de alguns beats, criou em cima e colocou arranjos musicais para ficarem com o seu estilo. "Foi tudo feito à distância por causa da pandemia. Não é aquela parada nossa, mas deu para fazer um trabalho muito show", diz.

Mesmo investindo no trap e tendo "maneirado" um pouco nas letras com conotação sexual, devido ao público infantil, Livinho garante que não abandonou o "movimento funk", mas que é "um artista versátil" e não pode ser taxado só em um estilo musical.

O músico já mostrava essa versatilidade desde pequeno, tendo tocado violino na igreja evangélica que frequentava desde os oito anos. Foi na adolescência que decidiu investir no funk, ritmo que ama e cresceu ouvindo na "quebrada da periferia".

"Eu aprendi na igreja e depois fui tomar meus caminhos quando estava chegando na adolescência para a maioridade, tomei meus caminhos e segui para o caminho do funk que era um amor que tinha imenso e tenho", afirma ele, que começou a carreira em 2008 e lançou seu primeiro álbum, "Vagabundo Romântico", em 2016.

Mesmo com a carreira consolidada no funk, ele nunca deixou as parcerias, como a do sertanejo Gustavo Mioto ("Espelho no Teto"), com Vanessa Jackson ("Você é Meu Amor"), com Péricles ("Bandida" e "Já Deu") e com o cantor gospel Ton Carfi ("Minha Vez").

"Eu fico ali meio como um camaleão me adaptando aos outros estilos para que as pessoas comecem a ver o MC Livinho não apenas como um funkeiro, mas sim como um músico", afirma ele, que também já fez parcerias com Alok e com Ivete Sangalo.

MÚSICA X GAMES
Além da música, a pandemia fez com que MC Livinho investisse também no mundo dos jogos eletrônicos, tendo participado da criação das equipes de "Free Fire": A Cúpula e A Cúpula Girls. As duas já têm até participado de torneios da modalidade.

Livinho diz que seu investimento consiste em fazer o marketing, falando das equipes, pelas quais vários jogadores, hoje famosos, já passaram. O novo álbum e os planos de shows no pós-pandemia, porém, o afastaram dos games nesse início de ano.

Jogar videogame, no entanto, continua em seu lazer, mesmo que seu objetivo seja alternar com suas outras atividades. "Se a gente excede numa coisa, perde rendimento em outras mais essenciais, como carreira, família. Então eu busco dosar", afirma.

 

Fonte: Folhapress

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