Cidadeverde.com

Silvio critica suspensão de convênios em Teresina e nega terceirização da prefeitura

Imprimir

O ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes, criticou nesta quinta-feira (13) o cancelamento de convênios da Prefeitura de Teresina com organizações não governamentais e associações, dentre elas a Associação dos Amigos da Orquestra Sinfônica de Teresina e da Associação dos Amigos do Balé da Cidade. Muitos desses convênios foram firmados em sua gestão como prefeito da capital. Ontem, em entrevista à TV Cidade Verde, o vice-prefeito Robert Rios disse que Teresina havia sido terceirizada pela gestão tucana em diversos setores, dentre eles a cultura.

“Se é para destruir o que tão dificilmente se construiu é muito rápido. Começou com a suspensão do convênio com a Fazenda da Paz. Lá foram demitidas 43 pessoas em plena pandemia. Pais e mães de família ganhando salário mínimo. Estamos falando de pessoas frágeis, não é de gente rica. O Célio foi obrigado a demitir 42 pessoas. Depois a Fazenda da Paz cuidava do Restaurante Popular no Mercado Velho, que foi construído na minha gestão para dar comida para os que mais precisam. Eram mil refeições por dia. O restaurante está fechado”, afirmou Silvio Mendes em entrevista à TV Cidade Verde.

O ex-prefeito citou ainda um convênio da prefeitura com a Vila da Paz, que também teria sido suspenso. “A Vila da Paz, a prefeitura suspendeu o contrato na área da educação e lá foram demitidos 60 pais e mães de família que ganhavam salário mínimo. Todas as atividades esportivas foram suspensas. Isso não é gestão para proteger os mais humildes”, declarou.

Silvio chamou de maldade as declarações de que Teresina havia sido terceirizada e voltou a elencar convênios suspensos. “Isso é uma maldade sem limite. Lamento que um vice-prefeito tenha coragem de dizer isso. A ASA (Associação Social Arquidiocesana), recebi a informação que foram suspensos convênios do Lar de Misericórdia, mas a igreja está mantendo com recursos próprios”, afirmou.

Em relação a Orquestra Sinfônica, o ex-prefeito negou irregularidades e disse que mais de 100 músicos serão prejudicados.

Foto: Roberta Aline

“Sou responsável pelo Palácio da Música. Fui eu quem fiz, na minha administração. A Banda 16 de Agosto fazia seus ensaios no fundo de quintal. Estamos falando de 140 músicos da Orquestra Sinfônica e 1940 alunos, crianças e jovens da rede pública, e o Balé da Cidade com 63 membros. Os músicos ganham em torno de um salário e meio. O maestro Aurélio é gestor do Palácio da Música. Ele ganha R$ 4.800. Não me consta que ele seja picareta e desvie dinheiro”, declarou.

Por fim, Silvio Mendes denunciou que há outros interesses por trás do rompimento do convênio. “Uma das acusações é que tinha uma contadora que ganhava 12 mil reais. Não é verdade. Ela ganha 4.500 reais. A Fundação Cultural chamou o maestro e disse que uma das formas de continuar com o convênio era que ele contratasse uma nova contadora e demitisse a atual. Essa nova contadora seria esposa de um dirigente da Fundação”, afirmou.

“Pagar músico através de bolsa a legislação não permite. Isso é crime”, acrescentou Silvio.

A PMT declarou que com os cortes, vai sobrar dinheiro e o setor cultural será ainda mais beneficiado.

Hérlon Moraes
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais