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São Paulo começa a vacinar 47,7 mil motoristas e cobradores de ônibus

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com 

Muito álcool em gel pela catraca e nas gavetas e trocar a máscara pelo menos três vezes por dia tem sido a receita da cobradora Adriana Freire, 44 anos, para evitar se infectar com o coronavírus durante o trabalho.

 A partir de agora, ela começa a ficar mais tranquila, mas sem baixar a guarda. Adriana foi uma das primeiras da categoria a se vacinar contra a Covid-19 na manhã desta terça-feira (18) no Centro Empresarial de São Paulo, na zona sul da capital paulista.

"Essa hora foi muito esperada. A gente fica tensa porque os coletivos estão sempre cheios, e agora eu não vou colocar em risco meu marido e meu filho. "A vacinação de motoristas e cobradores do transporte coletivo municipal e da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) deve atender 47,7 mil pessoas na capital paulista, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Em todo o estado, 165 mil pessoas estão nesse grupo, de acordo com o governo João Doria (PSDB).

Essa foi uma demanda da categoria, que ameaçou iniciar uma greve caso não fosse definida como prioritária para a imunização. Em abril, foi anunciado que esses trabalhadores seriam contemplados.

O público poderá ser imunizado nas 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), AMA/UBS Integradas e nos oitos megapostos implantados na cidade. Para receber a vacina, é necessário apresentar um documento oficial de identificação (de preferência o CPF) e um comprovante de vínculo empregatício, como crachá ou holerite.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo acrescenta que os trabalhadores que estiverem afastados de suas funções também devem apresentar a carteira profissional. "Deus me guardou até agora, e com a vacina eu vou ficar ainda mais protegido", comemorava o motorista Rubens Machado Filho, 44. Ele diz que não teve a Covid-19, mas viu muitos amigos em estágios graves da doença. 

"A gente vai trabalhar com medo por causa da aglomeração." Segundo o presidente do Sindmotoristas, José Valdevan de Jesus Santos, o Valdevan Noventa, 182 trabalhadores de empresas do transporte coletivo municipal morreram em decorrência do coronavírus.  

 

 

Fonte:Folhapress

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