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Empresário diz que subsídios são fundamentais para sistema de ônibus e culpa integração

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Foto: Roberta Aline

Atualizada às 10h40

O empresário representante da empresa Transcol, Edmilson de Carvalho, foi o primeiro a ser interrogado, nesta terça-feira(08), na CPI dos Transporte na Câmara de Vereadores. No depoimento, ele disse não ter os valores que a empresa recebeu nos últimos anos. O empresário defende o pagamento dos subsídios e diz que os recursos são necessários para manter o equilíbrio financeiro das empresas. Ele defende uma repactuação. Além de Edmilson, mais dois empresários devem ser ouvidos hoje. 

"Primeiro manter o equilíbrio financeiro e a parte da gratuidade. A tarifa é R$ 4 agora e a meia é R$ 1,35. São oito categorias que tem gratuidade. O sistema se divide em quatro partes na cidade, por zonas. A prefeitura tem que entrar para manter o equilíbrio financeiro da empresa", destaca. 

Ele destaca que a Prefeitura ainda não repassou os R$ 20 milhões, do acordo de R$ 26 milhões, feito no início da pandemia em 2020.

"Dos R$ 26 milhões março a outubro de 2020, foram pagos em torno de R$ 5 milhões. Ainda tem 20 milhões para repassar. A Transcol tem interesse em repactuar esse acordo", destacou.

Segundo o empresário, a implantação dos terminais levou ao caos do sistema.

"Foi a implantação dos terminais de integração. Tudo se concentra no centro. E o usuário não quer fazer o transbordo. Eles não querem parar no meio do percurso para pegar outro ônibus até o Centro. O lote 4 perdeu um milhão de passageiros. Eles compararam motos, preferem pagar prestações de moto do que fazer o transbordo que deixou uma sequela grande para o sistema. Para manter a mesma frota sem passageiros, é difícil", destacou. 

O empresário fez uma espécie de apelo para que a prefeitura volte a repassar os subsídios para as empresas de Teresina.

"Nossa participação é de 35% do sistema. E recebe 33% de tudo que inclui o sistema. Tivemos que injetar dinheiro para a empresa não fechar. Com isso, a empresa se encontra bem. É possível uma repactuação para que o sistema possa voltar a funcionar de forma melhor. Precisamos que a prefeitura nos ajude porque é um peso grande para os empresários. A população não pode pagar uma tarifa alta. É preciso subsidiar para que a população que ande de ônibus possa ter esse sistema normalizado. A prefeitura precisa fazer sua parte. Com a CPI tudo ficará claro.", destacou. 

O empresário falou dos impactos na empresa na redução do número de ônibus e na demissão de funcionários.

"A Transcol faz a linha na zona Sul de Teresina. A empresa inicialmente fazia a linha com 126 veículos. Com os terminais de integração reduzimos para 117 veículos. Depois da pandemia operamos com 44 veículos. No início da licitação tínhamos 700 funcionários. Houve uma redução em 50% com a pandemia e agora a média é de 350 trabalhadores ", destacou o empresário. 

Segundo ele, apesar das dificuldades, os salários dos funcionários estariam sendo pagos em dia.

"Essa pandemia trouxe prejuízos, mas o pagamento dos servidores encontra-se em dia. Até antecipamos o pagamento deste mês do dia 05 para o dia 02. Não é fácil, mas agradecemos a Deus. Inclusive as pessoas que saíram da empresa, tão logo normalize o transporte, todos voltarão. Vamos convidar aqueles que foram desligados do trabalho a voltar a trabalhar quando essa doença passar", destacou.

O depoimento da empresa Transfácil foi adiado para quinta-feira(10), após o presidente da CPI recusar a indicação do empresário Marcelino Lopes como representante da empresa. Segundo o vereador, apenas os sócios podem ser ouvidos pelas empresas do setor. 

Matéria original

Foto: Roberta Aline

A Comissão Parlamentar de Inquérito  do Transporte Público (CPI) da Câmara de Vereadores de  Teresina segue com a rotina de oitivas dos empresários que atuam no setor. Na manhã desta terça-feira (08)  serão  ouvidos os empresários das empresas Cidade Verde, Solfieri Sousa e Silva, Edmilson de Carvalho da Transcol e Moisés Sérvio e Silva da Transfácil. 

De acordo com o presidente da CPI, vereador Dudu (PT), as oitivas com os empresários devem se encerrar nesta semana. Eme seguida, gestores e ex-gestores serão ouvidos pela CPI.

"Esperamos encerrar as oitivas (dos empresários) na quinta-feira para ouvir os gestores e ex-gestores. Chega ao anais da CPI muitas informações. Vamos precisar de tempo para fazer as análises para fazer um relatório a altura do povo de Teresina. O transporte público precisa voltar a funcionar", destaca Dudu. 

Aguarde mais informações

 

Flash de Lídia Brito
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