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Flávio Nogueira defende aprovação do distritão e redução no número de partidos

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Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

O deputado federal, Flávio Nogueira, defende a aprovação do distritão para a eleição de 2022. Porém,  parlamentar observa que seria uma aprovação temporária. Para os próximos pleitos, o Congresso aprovaria uma reforma baseada na redução no número de  partidos que o distritão deve promover. 
A fragmentação partidária é vista por Flávio Nogueira como uma distorção prejudicial para a governabilidade no país. 

“Defendo uma mudança. Mas precisa se entender que essa proposta do distritão é somente para essa eleição. É uma maneira de na frente modificar. A tendência é diminuir o maior número de partidos. Não há outra maneira. Acho que o distritão reflete a vontade do eleitor. Já vi um cientista político afirmando que os votos dos não eleitos serão jogados fora. É uma boa pergunta. Mas e os votos de quem é bem votado e não se elege devido o cociente eleitoral. É também jogado fora? Lembro de mim em 2014. Tive quase 90 mil votos e não fui eleito e dois candidatos com menos votos do que eu, foram eleitos. Os argumentos contra o distritão são muito pobres e sem fundamentos”, destaca.

O parlamentar critica consequências do atual sistema proporcional como o fato de pessoas com pouca votação, serem eleitas devido aos chamados  puxadores de voto.

“Uma pessoa como um apresentador de televisão, um jornalista, um atleta tem uma eleição estupenda e leva outro com 10 mil votos. Isso não pode. Quando fiquei na suplência da Câmara, vi deputado com menos votos do que eu na presidência da Casa. Isso é um absurdo. Não estou dizendo que o distritão seja o ideal, mas tem que ser feito para diminuir o número de partidos. Só com essa redução para quatro a cinco partidos teremos como valorizar os partidos políticos. O Centrão é uma junção de vários partidos. Porque não pode ser só um partido. Na esquerda outro. Teremos uma polarização e isso seria o ideal para a democracia. Não pode é essa quantidade enorme de partidos. Não temos tantas ideologias assim” disse. 

Flávio Nogueira defende que o Brasil possa ter no futuro entre quatro a cinco partidos políticos. “Seria uma transição para outra reforma no futuro. Com a extinção desse número exagerado de partidos, só tem validade para essa eleição. Não para as próximas. O personalismo já existe. Não é fácil condenar ou aceitar o distritão. É um modelo que não pode permanecer. Isso para que se tenha o aprimoramento da democracia e se tenha cinco partidos no máximo. Não existe esse número todo de partidos em nenhum país do mundo”, defende. 

Lídia Brito
[email protected]

 

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