Cidadeverde.com

Show “Timon, Cidade de Flores” acontece no sábado, às 21h; veja onde assistir

Imprimir

Fotos: Yala Sena

 

Reflexo do documentário homônimo lançado em 2019, no sábado (14), às 21 h, através da plataforma do Centro Cultural Vale do Maranhão, o público poderá assistir, em primeira mão, ao show musical “Timon, Cidade de Flores”. O show  é dirigido por Jairo Araújo e produção de Carla Sena, com apoio de Lázaro Martins e do restaurante Sertão de Dentro, onde o show foi gravado.

Assista aqui:

A proposta do show teve princípio quando Izaurina Nunes, técnica do IPHAN do Maranhão, insistiu com a direção do filme documentário “Timon, Cidade de Flores” (direção de Jairo Araújo) que este tinha de ser visto em São Luís.

As manifestações de Timon são praticamente desconhecidas por lá e o documentário é riquíssimo em seus aspectos culturais ou antropológicos. 

Insistiu e informou da oportunidade com o Edital Palco Aberto, lançado pelo Centro Cultural Vale do Maranhão, da Empresa Vale do Rio Doce. 

“O edital quando nos inscrevemos, ainda era fins de 2019, para ser executado em 2020 de forma presencial no espaço cultural da Vale, em São Luís”, diz Jairo. “Então elaborei o projeto pensando em realizar exposição com peças do artista timonense João Borges, que estaria no mesmo local onde passaríamos o filme e, logo após, faríamos o show que só agora está sendo lançado”, completa. Veio a pandemia e da proposta inicial sobrou apenas o show, que o Centro Cultural Vale do Maranhão veio gravar em Timon, viabilizando que a população  assistisse através das plataformas digitais.  

O show “Timon, Cidade de Flores”, segundo Jairo Araújo partiu da percepção de que Timon há muito produz música autoral de qualidade e com ritmos diversos. Sendo constatado ainda que tais expressões são condizentes com suas tradicionais manifestações, havendo recriações que concebem a manutenção das identidades. Daí foi que, dentre aqueles que participam do filme documentário, como Mestre Pedro e Romeu Bravo, acrescentamos a banda D’Maleiros, que são filhos do reconhecido Mestre Maleiro, do Bumba-meu-boi Riso da Mocidade, também presente no documentário.

Mestre Pedro da Rabeca é agricultor e aprendeu a tocar rabeca  sozinho, tendo o avô, também rabequeiro, como maior influência. Tocador de reisado, divino, baião, forró e xaxado, Mestre Pedro, com apurada audição, nos cativa ao expressar sua espontânea musicalidade.

Romeu Bravo do Forró, pela maestria com o ofício, herdou a alcunha do pai, que, à sua época, ao ser comparado com um outro sanfoneiro, este último fora designado de manso. Mas Romeu, em sua longa e rica trajetória aperfeiçoou o toque, o melhor da voz e adquiriu perícia no ato de compor. Suas músicas e letras enaltecem a natureza, os pássaros e os amores. Romeu Bravo, sem dúvida, deve figurar entre os grandes sanfoneiros do nordeste.

D’Maleiros, são filhos de Mestre Maleiro, herdeiros do Bumba-meu-boi  Riso da Mocidade, criado por Mestre Passarinho em 1934, o mais antigo e afamado da região. Lulú e Dino, acrescidos com a distinta percussão de Mano Well,  reinterpretam de forma singular as belas toadas do pai e as que também criaram para o Boi Riso da Mocidade.

 

Da redação
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais